sexta-feira, 30 de agosto de 2013

MÉDICOS POSTAM COMPULSIVAMENTE NA REDE MENTIRA DA FOLHA! #MAISMÉDICOS PROÍBE DEMISSÃO DE BRASILEIROS QUE JÁ ATUAM NO SUS



Os corvos de jaleco estão reverberando nas redes a notícia irresponsável da Folha hoje, dizendo que as prefeituras irão demitir médicos brasileiros do SUS para eles darem lugar aos estrangeiros.

Visitei vários perfis, páginas e me deparei com a comunidade Consciência democrática, que de consciência e democracia não tem nada. Essa mentira postada está sendo compartilhada por toda a rede por páginas e perfis médicos. então vamos mostrar de que lado está a mentira, apresentando a verdade.

A MENTIRA


PREFEITURAS ESTÃO DEMITINDO MÉDICOS BRASILEIROS, PARA CONTRATAR OS DO "MAIS MÉDICOS" !
MAS NÃO HAVIA "FALTA DE MÉDICOS" ?
Consciência Democrática

Precisamos dar emprego para os comunas ! Danem-se os capitalistas !

Para aliviar as contas dos municípios, médicos contratados por diferentes prefeituras no país serão trocados por profissionais do Mais Médicos, programa do governo Dilma Rousseff (PT) para levar estrangeiros e brasileiros para atendimento de saúde no interior e na
s periferias.

A reportagem identificou 11 cidades, de quatro Estados, que pretendem fazer demissões para receber as equipes do governo federal. Segundo as prefeituras, essa substituição significa economia, já que a bolsa de R$ 10 mil do Mais Mé
dicos é totalmente custeada pela União.

As cidades que já falam em trocar suas equipes estão no Amazonas (Coari, Lábrea e Anamã), Bahia (Sapeaçu, Jeremoabo, Nova Soure e Santa Bárbara), Ceará (Barbalha, Cascavel, Canindé) e Pernambuco (Camaragibe).


A VERDADE

Ministério da Saúde esclarece que os municípios que se inscreveram no Programa Mais Médicos são proibidos, por força do termo de adesão e compromisso e da portaria interministerial, de demitir profissionais já contratados para substituí-los por participantes do programa. Os municípios que descumprirem esta regra serão excluídos do programa, com remanejamento dos médicos participantes para outras cidades, e serão submetidos a auditoria do Ministério da Saúde.
Para assegurar o cumprimento desta regra, o Ministério da Saúde estabeleceu um conjunto de filtros preventivos:
  1. A prefeitura é obrigada a manter a quantidade de médicos na Atenção Básica que já tinha antes da adesão ao programa, sem ocupar estes postos com profissionais remunerados pelo Ministério da Saúde. Ou seja, os profissionais do Mais Médicos só podem ser incluídos para expandir a capacidade de atendimento naquela cidade, formando novas equipes de Atenção Básica ou preenchendo vagas naquelas em que faltava médico. O controle desta trava é feito online no sistema do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES), impedindo que o médico participante do projeto seja direcionado a postos que estavam ocupados antes da adesão do município.
  2. Todos os médicos que já estavam cadastrados na Atenção Básica de um determinado município foram impedidos de se inscrever no programa para atuar nesta mesma localidade, o que impede a migração de profissionais para a bolsa do Mais Médicos dentro de uma mesma cidade.
Enquanto participarem do Mais Médicos, os municípios só poderão desligar médicos da Atenção Básica em situações excepcionais justificadas à coordenação nacional do Programa Mais Médicos, como, por exemplo, descumprimento comprovado de carga horária e/ou outra falha ética ou profissional do médico.
NOTA DA BLOGUEIRA: Os médicos que já sabem que é mentira e essas páginas contra o Governo Federal e o Programa #MaisMédicos desconhecem o que é ética, o compromisso com a verdade e também o que é ser médico.
A determinação em disseminar a mentira em massa é um ato comum que era a tática da ditadura Militar no Brasil. Tenho dito que a ditadura ainda não saiu de muitas instituições públicas e privadas. E as matérias veiculadas tanto na Folha quanto nas páginas que a reproduzem sem o menor critério e sem ouvir a outra parte reforçam essa minha convicção.
Dentre as várias coisas que nos chamam nessas páginas, uma delas é que apoiamos genocidas e que estamos implantando o comunismo da ditadura petista no Brasil.
Que somos um governo de esquerda, até os gusanos sabem. Ser de esquerda não é para os fracos, para aqueles que não suportam sair de sua zona de conforto para levar dignidade à população que está à margem do processo de inclusão de saúde, educação e cidadania.
Eles dizem que se faltam médicos, porque vão demitir? 
Eu respondo: qual a parte do desmentido do Ministério da Saúde que eles não entenderam? Se eles não sabem distinguir boatos de fatos, como é que vão fazer anamnese em saúde básica. E mais, eles sabem lá o que é saúde básica. Para qualquer diagnóstico necessitam de equipamentos sofisticados. 
OLHEM O CÚMULO DO DR. COXINHA
É triste ver no perfil pessoal de um urologista que deu voz à insanidade dessa matéria, mas, que logo à seguir ele posta que está em Barcelona, primeiro num  congresso e depois no estádio do FC Barcelona. Mostra bem de que lado estão esses corvos de jaleco.
Ele não tem nem a decência de estar no Brasil para saber o que realmente ocorre. Se é tão irresponsável de postar a matéria de longe, imaginem como médico. Esse é o tal médico que me colocou aos berros para fora do consultório dele apenas porque apoio a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil.
Ele nem ao menos trabalha o SUS. Tem consultório, clinica particular para procedimentos e a parte de urologia de um dos maiores hospitais da minha cidade.
Ele lá sabe o que a população precisa? Ele nem sabe o que é povo, quanto mais as necessidades dela.
As insanidades não param por aí. Todos os dias eles criam um fato para tentar desqualificar o #MaisMédicos e porque? Porque são corporativista, fazem reserva de mercado, são mercenários, não atendem e não querem que outros atendam onde eles nunca colocariam o pé para trabalhar.
E SE POR ACASO OS COXINHAS DE JALECO NECESSITAREM DE PRIMEIROS SOCORROS ONDE ELES NÃO QUEREM IR PARA TRABALHAR?
Seria interessante um médico desses indo passear, mas tem que passar por uma rodovia que corta o interior e aí ocorre um acidente e é socorrido naquele lugar que ele odeia ter que trabalhar, vem um médico estrangeiro e lhe pergunta:
 Necesita de ayuda, señor?


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

AULINHA BÁSICA DE ORÇAMENTO PARA #COXINHASDEJALECO BOATEIROS: ENTENDEU OU QUER QUE DESENHE MAIS?


Rola um boato, desde que o presidente do CFM foi ao Jô Soares, de que o MS não teria investido 17 bi na saúde.  

Agora os #coxinhasdejaleco planejam manifestação querendo saber por que não foram empenhados R$ 8,7 bilhões que constavam no Orçamento de 2012 e por que R$ 8,3 bilhões entraram como restos a pagar em 2013, conforme adiantado em coluna da Mônica Bergamo de hoje.

O "fenômeno" é facilmente explicado por verba contingenciada + restos a pagar.

Moral da história 1: #coxinhasdejaleco precisam de aula básica de orçamento federal. 

Moral da história 2: nenhum deles tem um amigo concurseiro, pois este poderia explicar o que é verba contingenciada pelo MPOG e restos a pagar.

Professor Padilha dá aulinha básica de orçamento para #coxinhasdejaleco boateiros. Mas, aviso logo, os coxinhas são obtusos. Então vamos ter que desenhar mais para eles entenderem!


#EsclareceMS: Ministério da Saúde paga todo orçamento empenhado


Tem circulado nas redes sociais um boato de que o Ministério da Saúde deixou de investir R$ 17 bilhões disponíveis do seu orçamento. Em verdade, houve apenas um contingenciamento de R$ 8,7 bilhões em 2012, mas os recursos foram disponibilizados para 2013.
Funciona assim: dos R$ 95,9 bilhões aprovados pelo Congresso Nacional, na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2012, o Ministério da Saúde pode utilizar R$ 87,1 bilhões. O Ministério do Planejamento contigenciou R$ 8,7 bilhões em função da Lei de Responsabilidade Fiscal. Desses, R$ 8,3 bilhões ficaram como restos a pagar para 2013, dos quais já foram pagos R$ 4 bilhões pelo Ministério da Saúde.
Restos a Pagar são recursos empenhados, mas não pagos até o dia 31 de dezembro. Estes recursos são disponibilizados para o ano seguinte, pois já foram comprometidos. Logo, apenas R$ 320 milhões não foram utilizados, pois esse é o saldo disponível para possíveis ajustes dos pagamentos de auxílios aos servidores, gastos com pessoal, por exemplo.
  • Entenda como funciona:

terça-feira, 27 de agosto de 2013

MÉDICOS BRASILEIROS COMETEM CRIME DE PRECONCEITO! ESSA MÁFIA DO JALECO NÃO NOS REPRESENTA!


O episódio dos médicos cearenses contra os colegas cubanos é o retrato da falta de memória brasileira.
Nos eventos da CNV, em seminário que assisti de seminário sobre a resistência, a verdade e a memória dentro do ecumenismo, convidada por um amigo sociólogo, estudioso e ciente da história do Brasil e do mundo e nos bate-papos informais, agora me vem à tona, o resultado do que aprendi, das ideias que trocamos e das impressões que ficaram e que cabem na compreensão do caso. E mais alguns estudos meus sobre o comércio e hipoteca de escravos ocorridos no meu estado.

A ditadura, ainda está institucionalizada tanto no setor público como privado. E a maior demonstração aberta de que isso ocorre é o modo como as entidades médicas e seus membros tem agido todos os dias. O modo ditatorial que eles empregam é o de tortura, que não é mais a física, mas, a midiática, a xenofóbica, a corporativista, que não desconhece limites agredindo colegas que por sua ideologia e também por sua cor, eis que as duas se confundem quando são chamados de escravos.

Porque os chamam de escravos? Porque esses médicos desconhece a história de lutas dos negros para chegar à liberdade. São aqueles que fingem ou ignoram a quantidade de negros mortos nessa batalha contra a elite escravagista brasileira. E o país o que fez? Trouxe a verdade, as entranhas dos crimes cometidos pelos senhores de escravos? Não, preferiu dar crédito a uma princesa que nada fez pelos negros, somente assinou a lei e ficou como a heroína de gente que pensa como esses médicos. 

Comparo a reserva de mercado e corporativismo dos médicos às fazendas reprodutoras de escravos e seus donos. Eles eram a lei, estavam acima de quaisquer coisas, eram mercadores de seres humanos que eles consideravam cidadãos de segunda classe, do mesmo jeito que os médicos vendem a saúde e acham que a população não é merecedora de cuidados médicos. Então, só mudou os palhaços, o circo continua o mesmo. Ou seja, médicos brasileiros são mercadores da vida e da morte. Escolhem quem merece ou não viver, negando aos pobres o direito básico que é saúde preventiva.

A verdade sobre as lutas dos negros foram varridas para debaixo do tapete, sem que a verdade tenha chegado a muitos lugares. E isso deu lugar ao preconceito de classe e de cor.

E assim chegamos ao que temos hoje.

E mais recente que a luta pela libertação dos escravos, temos o exemplo da ditadura militar, que usou empresas, cooptou classes para que o regime fosse mantido. 

Um exemplo de classe cooptada pela ditadura está a de médicos que promovem uma perseguição incessante, ditatorial, com um discurso de quem não está com eles, está contra, e com isso promove a maior vergonha de todas as que eles já fizeram e tem feito, que foi a hostilização perversa contra médicos cubanos, que são infinitamente melhores que esses mercenários que não conhece nada além do próprio umbigo. Não tem noção de humanidade e muito menos do que seja a verdadeira medicina.

O ato praticado ontem pelos médicos cearenses foi crime de preconceito de classe, de cor e também de ideologia.

XENOFOBIA, denuncie! Disque 100 (Direitos Humanos)

Desculpem-nos os Drs. Médicos Cubanos, os Médicos Brasileiros não nos representam!!!

sábado, 24 de agosto de 2013

Desinformação. Cuidado! Duas cidades do Piauí recusam profissionais do #MaisMédicos



Prefeitos dizem que verba do Programa Saúde da Família seria diminuída.


A VERDADE:

"Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério da Saúde negou todas as informações dadas pelos gestores. Segundo o MS, os programas Mais Médicos e Saúde da Família são independentes e que não existe hipótese de um interferir no outro.

O Ministério diz ainda que os profissionais que atuarão no programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga diretamente pelo Ministério da Saúde. Os municípios ficarão responsáveis por moradia e alimentação aos médicos, além de ter de acessar recursos do ministério para construção, reforma e ampliação das unidades básicas.

O MS finaliza convidando os gestores a entrarem em contato com o Ministério da Saúde para sanar todas as dúvidas para que mal entendidos não prejudiquem a população por falta de médicos."

A DESINFORMAÇÃO:

Os prefeitos das cidades de Alto Longá e Amarante, interior do Piauí, afirmaram que suas cidades não farão parte do Programa Mais Médicos porque supostamente  a iniciativa retiraria recursos do Programa Saúde da Família. 
Foi esse o entendimento que os gestores tiveram após uma vídeo conferência realizada, nessa quinta-feira (22), pelo Ministério da Saúde para prefeitos do estado.Flávio Campos Soares, prefeito de Alto Longá, diz ainda que o município ficará responsável por muitas despesas. “O governo faz só a recomendação e quem paga a conta é a prefeitura. Tem que mandar o médico e mais recursos. Por isso não aceitamos e o Governo Federal tem que rever, o ministro disse que o governo é quem banca, mas na verdade tira do recurso que já está no orçamento”, diz.
“Pelo que nos foi orientado durante a conferência, os recursos que serão utilizados já são oriundos do Programa Saúde da Família (PSF) que as prefeituras recebem mensalmente. A proposta apresentada diz que o Governo Federal utilizará recursos do PSF para pagar estes profissionais, o que acarreta dizer que o governo vai apenas fazer um remanejamento de recursos”, diz Luiz Neto Alves (PSD), prefeito da cidade de Amarante.


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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Em Portugal, médicos cubanos são um problema. Ninguém quer que eles se vão!


Se o caro amigo internauta fizer uma pesquisa rápida no Google verá que o que pode acontecer aqui no Brasil , no futuro, com os médicos cubanos que o Governo Federal está trazendo para atuar em municípios onde não há profissionais brasileiros dispostos a atuar.

Os problemas não são de incapacidade profissional ou de dificuldade de comunicação.

São que os contratos firmados pelo governo português estão acabando e alguns deles terão de ir embora, para desespero das populações e dos prefeitos do Alentejo, do Algarve e do Ribatejo, regiões pobres que estão ameaçadas de ficarem, outra vez, sem médicos.

O portal SulInformação noticia:


Os cinco médicos cubanos que prestavam serviço de consultas no conselho de Odemira terminaram os seus contratos e regressaram ao seu país, deixando mais de 14 mil utentes sem médico de família.
Esta situação, segundo denuncia, em comunicado, a Câmara Municipal de Odemira, «está a provocar a rotura dos serviços médicos em Odemira, S. Teotónio, Sabóia e Vila Nova de Milfontes e o descontentamento da população e da autarquia, que têm vindo a expressar o seu descontentamento junto dos responsáveis locais, regionais e governamentais sem qualquer sucesso».

A autarquia sublinha, no comunicado a que oSul Informação teve acesso, que no litoral Alentejano prestavam serviço 16 médicos cubanos, cinco dos quais no concelho de Odemira e não foram substituídos, isto apesar de há alguns meses os autarcas terem sido alertados pela direção do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Litoral Alentejano para a necessidade de garantir a substituição dos médicos cubanos que terminavam contrato no final do ano de 2011.

As prefeituras são as maiores defensoras do trabalho dos profissionais cubanos, pelos trabalhos pró-ativos de saúde pública que realizam.

Até o presidente da Ordem dos Médicos de Portugal, apesar da cantilena de que os médicos estrangeiros são “superiores” em qualidade profissional, reconhece:
“Naturalmente os cidadãos que receberam os médicos estrangeiros ficaram satisfeitos. Porque até aí não tinham médico e passaram a ter. Não com as competências adequadas e desejáveis, mas passaram a ter um médico”

Pois é, né, doutor…
Agora, para quem quiser se aprofundar mais no “choque cultural” representado pelos médicos estrangeiros em Portugal, recomendo a leitura de um trabalho de duas sociólogas e uma psicóloga na Revista Iberoamericana de Salud y Ciudadanía, coordenada pela Universidade do Porto.

Ali, são ouvidos médicos cubanos, espanhóis e colombianos que foram trabalhar em Portugal e que falaram sobre essa experiência. Trascrevo apenas um pequeno depoimento, de uma médica uruguaia que está por lá:
Tú tienes que tener un segundo para mí, dos minutos aunque sea de

camino, de acercarte al primer familiar que está y decirle „señora, está

así, hicimos esto, la cosa está así, lo voy a llevar a tal hospital,

quédese tranquila, yo lo voy a acompañar‟. Es lo mínimo. Los

médicos portugueses, entran, salen, meten el tipo y se van. Yo al

principio decía „pero esto es inhumano!‟ […] Yo hablo con los

familiares. Eso les llamó mucho la atención a los enfermeros y a los

TAE [Técnicos de Ambulância de Emergência], yo siempre busco un

minuto […]. Hay cosas que son de sensibilidad humana porque el

paciente no es una cosa o un objeto. (E2, médica uruguaia)
Talvez tenhamos alguma coisa a aprender por aqui, não é?

Por: Fernando Brito

Fonte: http://tijolaco.com.br/index.php/em-portugal-medicos-cubanos-sao-um-problema-ninguem-quer-que-eles-se-vao/

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

#MaisMédicos: Ministério da Saúde assina primeiro acordo com a Opas para atrair médicos



Ministério da Saúde assinou nesta quarta-feira (21) termo de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para atrair médicos estrangeiros ao Brasil, por meio do programa Mais Médicos. Pelo acordo, fica definida a vinda de 4 mil profissionais de Cuba para as vagas que não foram escolhidas por brasileiros e estrangeiros na seleção individual.
“Hoje estamos encerrando uma importante negociação para reforçar a assistência em saúde nas regiões carentes do Brasil. Vamos, por meio deste acordo com a Opas, ampliar o número de médicos exatamente naqueles municípios em que há maior dificuldade de levar profissionais. Nosso foco é levar médicos para aquelas cidades que não foram selecionadas no programa nem pelos brasileiros nem pelos estrangeiros, mas aguardam por profissionais”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O representante da Opas no Brasil, Joaquín Molina, ressalta que na negociação com o Cuba a organização buscou um perfil de profissional direcionado às necessidades do programa Mais Médicos. “São médicos experientes, que já trabalharam em países de língua portuguesa e com especialização em saúde da família. Com certeza, estamos trazendo um grupo muito preparado ao Brasil”, afirmou.
Com este acordo, encerramos uma negociação que irá reforçar o processo já iniciado com as contratações individuais. Conseguimos antecipar a vinda de 400 já para esse primeiro módulo de acolhimento e assim aproveitaremos a estrutura já montada para receber os demais candidatos estrangeiros.
Na primeira etapa da parceria, está prevista a vinda de 400 médicos. Eles serão direcionados aos 701 municípios – dos quais 84% estão nas regiões Norte e Nordeste – que aderiram ao Mais Médicos, mas não foram selecionados por nenhum médico do edital de chamamento individual. As etapas seguintes ocorrerão para preencher postos ociosos após ciclos de chamamento individual, cuja segunda edição foi aberta na última segunda-feira (19).
Além de Cuba, a Opas continua buscando a parceria de países, universidades e organizações de outros países para participação no Mais Médicos, no âmbito do acordo firmado com o Ministério da Saúde. Nestas parcerias, só serão ofertadas as vagas não preenchidas pelos editais de chamamento individual.
Acordo– Para levar os médicos cubanos a estas regiões, o Ministério da Saúde investirá, via Opas, R$ 511 milhões até fevereiro de 2014. O Ministério da Saúde repassará à Opas recursos equivalentes às condições fixadas pelo edital do Mais Médicos – de R$ 10 mil para cada médico. Os primeiros profissionais chegam ao Brasil neste fim de semana e passarão por avaliação de três semanas juntamente com os demais médicos com diploma do exterior – entre 26 de agosto e 13 de setembro.
Os 400 médicos cubanos que trabalharão no Brasil já participaram de outras missões internacionais, sendo que 42% deles já estiveram em pelo menos dois países dos mais de 50 com que Cuba já estabeleceu acordos deste tipo. Além disso, todos têm especialização em Medicina da Família.
A experiência também é alta: 84% têm mais de 16 anos de experiência em Medicina. A busca por esse perfil visou a encontrar profissionais habituados cidades com habitantes em situação de vulnerabilidade.
Os primeiros profissionais de Cuba participarão do módulo de avaliação de três semanas que será oferecido a todos os estrangeiros inscritos no Mais Médicos neste primeiro mês de seleção. Estes profissionais ficarão concentrados em quatro capitais (Recife, Salvador, Brasília e Fortaleza) durante este período.
A concessão de registro profissional segue a regra fixada na Medida Provisória que instituiu o programa Mais Médicos: os médicos terão autorização especial para trabalhar por três anos exclusivamente nos serviços de atenção básico em que forem lotados no âmbito do programa.
Mais Médicos – No primeiro mês de seleção do Mais Médicos, além dos 1.096 profissionais com diplomas do Brasil que confirmaram sua participação, o Ministério da Saúde já começou a providenciar o deslocamento de 243 médicos com diplomas do exterior. Além desses, 48 ainda estão apresentando documentos para emissão de passagem a tempo de participar do primeiro ciclo de avaliação. Os demais inscritos no programa podem dar continuidade ao cadastramento para participar da segunda etapa de seleção.
Quando chegarem ao Brasil, os médicos com diplomas do exterior se concentrarão inicialmente em oito capitais: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. Nessas cidades, participarão, por três semanas (de 26 de agosto a 13 de setembro), de aulas de avaliação sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa, totalizando carga horária de 120 horas. Após a aprovação nesta etapa, começam a atender a população na segunda quinzena de setembro.
Os materiais dessas atividades foram elaborados por uma comissão formada por professores de universidades federais inscritas no programa, Escolas de Saúde Pública e Programas de Residência, sob orientação doMinistério da Educação (MEC). Os custos com alojamento e alimentação serão pagos pelo Governo Federal. A organização logística do módulo, incluindo recepção aos profissionais, será responsabilidade conjunta dos ministérios da Saúde e da Defesa.
Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país, como os municípios do interior e as periferias das grandes cidades. Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica.
O Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação desses estabelecimentos de saúde, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.
Fontes: Newton Palma / Agência Saúde

CONHEÇA O PERFIL DOS MÉDICOS CUBANOS QUE IRÃO TRABALHAR NO BRASIL




Congresso Nacional mantem vetos à Lei do Ato Médico


Deputados e senadores votaram na noite desta terça-feira (20) pela permanência dos vetos à Lei do Ato Médico. Projeto complementar foi enviado ontem pelo Executivo ao Congresso
O Congresso Nacional manteve os vetos feitos à lei 12.842, que trata do exercício da medicina no país. Chamada de Ato Médico, a lei foi sancionada em julho deste ano com 10 vetos. Ontem, o Executivo enviou projeto complementar à proposta, na qual assegura o diagnóstico de doenças e a prescrição de medicamentos como atos privativos dos médicos, desde que resguardados os protocolos de atendimento definidos pelo Ministério da Saúde, válidos para atendimento noos serviços públicos e privados.
Ao comentar a decisão, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que defende o diagnóstico de doenças e a prescrição de medicamentos como atos privativos dos médicos, porque eles têm formação para isso. Por outro lado, destacou que a prerrogativa não pode impedir o trabalho e a atuação multiprofissional. “Os outros profissionais de saúde, como enfermeiros, psicólogos, psiquiatras, por exemplo, têm papel muito importante em diagnósticos e na realização de prescrições em protocolos já estabelecidos no Sistema Único de Saúde. Os vetos asseguram esta orientação”, destacou o ministro.
PROJETO – O texto da nova proposta assegura que outros profissionais possam realizar diagnósticos e prescrições terapêuticas em situações específicas. Hoje, por exemplo, pacientes com doenças como malária, tuberculose e dengue são diagnosticadas ou iniciam o tratamento com profissionais de enfermagem e têm acompanhamento por equipes compostas por médicos.
Além disso, os procedimentos invasivos à pele, como a prática de acupuntura, também poderão ser realizados por outros profissionais de saúde quando previstos em protocolos e diretrizes clínicas do SUS. “Do jeito que estava o texto do Ato Médico, se o governo não vetasse, poderia desencadear processos de judicialização contra um profissional de saúde ou um acupunturista que faça essa prática, sem uma prescrição médica antecipada. Aliás, hoje vários profissionais de saúde fazem a prática da acupuntura, sem prescrição médica prévia”, destacou o ministro. De acordo com os resultados do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ), do Ministério da Saúde, hoje 2.651 estabelecimentos de saúde da Atenção Básica ofertam este serviço, em caráter multiprofissional.
Por Amanda Costa, da Agência Saúde.
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/12765/162/congresso-nacional-mantem-vetos-a-lei-do-ato-medico.html

SP: Entidades realizam ato em defesa do Programa Mais Médicos


Evento ocorre nesta quinta-feira (23) na capital paulista, com transmissão ao vivo pela TVLD



Pela construção de um SUS de qualidade, com controle social e acesso universal. É isso que pedem os apoiadores do Ato em defesa do Programa Mais Médicos – que ocorrerá dia 23 de agosto no Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo. Mais de vinte entidades, entre associações, sindicatos, partidos políticos e instâncias governamentais aderiram ao movimento.
Lançado há um mês pela presidenta Dilma Rousseff, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS. Neste período, parlamentares do Partido dos Trabalhadores demonstraram seu apoio ao programa, que objetiva contratar médicos para trabalharem nas regiões carentes do Brasil. A contratação de profissionais estrangeiros ocorrerá caso os postos não sejam preenchidos por médicos formados no País.
O evento contará com a presença de parlamentares, representantes das entidades que convocam o ato e transmissão ao vivo pela TVLD.
Serviço
Quando: 23 de setembro
Horário: 18 horas
Local: Sindicato dos Engenheiros de São Paulo – Rua Genebra, 25 - SP
Confira abaixo a convocação
Ato em defesa do Programa Mais Médicos
Pela construção de um SUS de qualidade, com controle social e acesso universal
O Brasil tem como missão constitucional garantir o acesso universal e integral de toda população ao Sistema Único de Saúde.
Com o objetivo de levar atendimento médico às regiões carentes, como os municípios do interior ou e as periferias da grandes cidades em nosso País e para atender à forte demanda social e classista, o Programa Mais Médicos é parte fundamental dessa estratégia.
Vamos fortalecer o controle social sobre essa proposta!
Contamos com sua presença no dia 23 de agosto (sexta-feira), às 18h30, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo – Rua Genebra, 25/SP
MOBILIZE-SE e PARTICIPE!
Convocam este ato
União Estadual dos Estudantes – UEE-SP
Coletivo Graúna de Juventude do PT
Levante Popular da Juventude
Movimento ParaTodos – UNE
Movimento Popular de Saúde
Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde do Estado de São Paulo – SINDSAUDE SP
Marcha Mundial de Mulheres
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Secretaria de Mulheres do PT Municipal
Setorial Sindical Nacional do Partido dos Trabalhadores
Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo – SEESP
Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo
Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté
Sindicato dos Bancários do Estado de São Paulo
Conselho dos Secretários Municipais de Saúde – COSEMS
Federação Estadual dos Trabalhadores em Seguridade Social-SP – FETTS
Sindsaúde de Guarulhos
Sindsaúde ABC
Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde da Região Metropolitana de São Paulo
Diretório Municipal de São Paulo do Partido dos Trabalhadores
Diretório Estadual de São Paulo do Partido dos Trabalhadores
Secretaria Estadual de Mulheres do PT de São Paulo
(Portal Linha Direta)
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terça-feira, 20 de agosto de 2013

MÉDICOS: UM ESCÂNDALO POR DIA! MÉDICA ATENDE NO MESMO HORÁRIO NO SUS E CLÍNICA PARTICULAR


Uma médica que atenderia pela manhã em posto de saúde da rede pública de Santa Quitéria mantém, no mesmo horário, uma clínica particular de saúde no Município. Em visita ao posto Francisco de Assis Parente na manhã da última terça-feira, equipe do O POVO foi informada de que a responsável pelo atendimento não se encontrava pois estaria “atendendo em consultório próprio”. Apesar disso, recepção do local insistiu que a médica “sempre atende pela manhã”. 

A reportagem visitou o endereço da clínica que tem como sócia a médica, que ostenta fachada chamativa no centro da cidade. Receosos, funcionários da clínica informaram que a médica “reveza” atendimento entre as duas unidades. Ela não quis dar entrevista. (CM)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

ESCÂNDALO: PRESIDENTE DA AMB COM SEDE EM SÃO PAULO ASSESSOR ESPECIAL DA UF DO CEARÁ, EM MAIO RECEBEU MAIS DE 6 MIL REAIS


O médico Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB),  com sede  em São Paulo, é funcionário público em horário integral (40 horas semanais) na Universidade Federal do Ceará, onde ocupa o cargo de assessor especial da reitoria. Em maio, ele recebeu o salário bruto de R$ 6.284,22 por esse cargo.
O Portal da Transparência, onde essas informações estão ao alcance de qualquer cidadão, confirma que ele não está de licença, nem afastado do cargo, e que o local de trabalho é na reitoria da Universidade, em Fortaleza (veja abaixo). Portanto, oficialmente, ele tem o dever moral de  honrar o salário que o poder público lhe paga e trabalhar. Simples assim.
Porém, na quarta-feira (31), o doutor Florentino estava a cerca de 2.400 quilômetros de distância de seu local de trabalho, fazendo proselitismo em São Paulo contra o programa Mais Médicos, do governo federal, ao lado do sempre candidato à Presidência da República José Serra (PSDB-SP) e do presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), Barjas Negri (PSDB-SP). Ambos, aliás, ex-ministros da Saúde.
Barjas merece um capítulo à parte para lembrar quem já esqueceu e mostrar a quem não sabe de quem se trata. Em 2006 ele foi um dos diretamente envolvidos no chamado Escândalo das Sanguessugas, pelo qual o Ministério da Saúde liberava a compra de ambulâncias superfaturadas.
Além disso, durante gestão de Geraldo Alckmin como governador de São Paulo, Negri assumiu, entre 2003 e 2004, a presidência da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU). Sua permanência no cargo foi alvo do Tribunal de Contas do Estado, que condenou e responsabilizou Barjas Negri por irregularidades praticadas em 102 contratos firmados pela autarquia.
Escândalos à parte, dessa vez, Serra e Barjas foram se "solidarizar" com a posição da AMB, contrária ao programa do Ministério da Saúde para ampliar o número de médicos para prestar atendimento público em cidades do interior do país e periferia das grandes metrópoles. Na quinta  feira (1), a Justiça Federal no Distrito Federal, rejeitou dois  pedidos da AMB  que pedia para anular o programa Mais Médicos. José Serra, em seu discurso, repetiu os argumentos de parte da classe médica, de que “Não falta médico...”, para criticar a possibilidade de profissionais formados em medicina no exterior venham preencher as vagas abertas pelo governo, mas que os médicos brasileiros se recusam a preencher. Serra, que se orgulha de dizer que passa horas e horas na internet, deveria usar seu tempo para se informar que nada menos do que 3.511 municípios do país mostraram que sofrem por falta de médicos. É impossível brigar com essa realidade. Além disso, Serra deu mais  um show de incoerência,  ao esquecer de que quando foi  ministro da saúde, esteve pessoalmente em Cuba para contratar médicos cubanos, conforme já mostramos em nota anterior.

FONTE: http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2013/08/presidente-da-associacao-de-medicos-e-servidor-no-ceara-mas-faz-campanha-para-serra-em-sp-3025.html

sábado, 17 de agosto de 2013

PREFEITO DE FLORIANÓPOLIS ADERE AO MAIS MÉDICOS E DEPOIS FAZ DECRETO QUE NÃO ACEITA MÉDICOS ESTRANGEIROS

O prefeito de Florianópolis aderiu ao programa Mais Médicos. Após aderir, soltou esse decreto. 
Há médicos alocados pra lá.
Como é que farão? 
Não receberão os médicos?
Que irresponsabilidade com a população, com o programa, enfim, para mim, um prefeito que faz uma coisa dessas, tem sérios problemas de caráter.
Se não tinha interesse, porque aderiu ao programa.
Ele acha que saúde é brincadeira ou pior que a administração pública é o quintal de casa?
Está a serviço do corporativismo dos médicos.

Eis o decreto:

"DECRETO N. 11. 945, de 02 de agosto de 2013. DISPÕE SOBRE A CONTRATAÇÃO OU ATUAÇÃO DE PROFISSIONAL MÉDICO COM DIPLOMA DE GRADUAÇÃO EXPEDIDO POR UNIVERSIDADES ESTRANGEIRAS, NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL.

O PREFEITO MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS, no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pelo inciso III do art. 74, da Lei Orgânica do Município e em conformidade com a Medida Provisória n. 621, de 8 de julho de 2013 e, ainda, com a Lei Federal n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) CONSIDERANDO que os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras deverão ser revalidados por universidades públicas que tenham curso do mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou equiparação, conforme preconiza o § 8º do art. 48, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. DECRETA: Art. 1º Fica a Secretaria Municipal de Saúde impedida de contratar ou permitir a atuação em função típica, na Administração Pública Municipal, de profissional médico com diploma de graduação emitido por Universidades estrangeiras, sem a posterior revalidação de seu diploma por Universidades Públicas brasileiras, conforme estabelece a Lei Federal n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Florianópolis, aos 02 de agosto de 2013.

CESAR SOUZA JUNIOR - PREFEITO MUNICIPAL

JULIO CESAR MARCELLINO JR. - PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO

ERON GIORDANI - SECRETÁRIO MUNICIPAL DA CASA CIVI
L."

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

DUAS MÉDICAS, UM SONHO: RETRIBUIR O QUE APRENDERAM, CUIDANDO DOS MAIS POBRES


 Beatriz Thome
Kátia Regina Marquinis

Beatriz da Costa Thome tem 35 anos, estudou em uma universidade pública da capital, já trabalhou em Moçambique, Quênia, Congo, Ruanda e Costa do Marfim, na África, e em Seattle e Nova York, nos Estados Unidos. Agora ela vai atuar em São Paulo. Kátia Regina Marquinis tem 39 anos, estudou em uma faculdade pública do interior, trabalhou quase toda carreira na capital e, em breve, estará em São Bernardo do Campo, na região do ABC.
Ambas fazem parte do grupo de 45 médicos que passará a atender em setembro na capital e demais regiões do estado de São Paulo pelo programa Mais Médicos do governo federal.
A primeira é pediatra especializada em saúde pública e, a segunda, é oftalmologista com especialização em uveítes (inflamações em diversas estruturas do olho, associadas a outras doenças). Apesar das diferenças, ambas têm algo em comum: a vontade de retribuir a oportunidade de ter cursado medicina em uma instituição pública prestando atendimento às camadas mais pobres e vulneráveis da sociedade.
SONHO/ Após se formar e fazer residência na Escola Paulista de Medicina, Beatriz se inscreveu em um programa da Universidade de Columbia, dos EUA, para tratar de crianças em Moçambique, onde 16% da população têm Aids. “Além de problemas de saúde corriqueiros,  me especializei em HIV.”
Foram quatro anos e, em seguida, a pediatra foi fazer um mestrado nas duas cidades norte-americanas. Há seis meses ela retornou ao Brasil, mas retornava à África em viagens esporádicas. Quando soube do Mais Médicos, não teve dúvida em inscrever-se.
“O SUS é um modelo visto como exemplo no exterior, mas aqui é pouco valorizado. Como trabalhei muito tempo fora, sempre quis ver o sistema de saúde fortalecido no Brasil, que é a nossa solução. É um desafio, mas a saúde precisa chegar a quem vive em locais mais distantes”, diz. Ela  escolheu São Paulo pela  família, mas a segunda opção era o Distrito Sanitário Especial Indígena do Xingu.
‘Como cidadã brasileira decidi fazer minha parte’Kátia Regina Marquinis fez medicina na Faculdade de Medicina de Jundiaí, mas, assim que se formou, veio para São Paulo para cursar o período de residência no Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual). Lá,  começou a se especializar em cardiologia, mas resolveu mudar de área e optou, depois, por oftalmologia.
Dentro dessa especialidade, Kátia se aprofundou em uveítes porque normalmente  há outras doenças associadas à inflamação nos olhos e, por esse motivo, ela também precisava ter um denso conhecimento de clínica geral, com a qual tinha afinidade. “Gostei muito da área pois precisava tratar quase todo tipo de doenças mais comuns, como tuberculose e hipertensão”, explica.
A oftalmologista também sempre teve gosto por ensinar e aprender e, por isso, tornou-se preceptora (professora médica que ensina os residentes) voluntária do Iamspe. Depois desse período, Kátia foi trabalhar em um hospital privado com um setor filantrópico (que atende pelo SUS), onde ela também foi preceptora. “Ali eu percebi a demanda por médicos, as filas enormes na espera por atendimento”, conta. “Mas era algo que já vinha me incomodando, sempre tive isso dentro de mim e vi no Mais Médicos a oportunidade de atender a população mais carente do entorno da Grande São Paulo. Como cidadã brasileira decidi fazer minha parte oferecendo meu trabalho a áreas onde há maior vulnerabilidade social.”
Maior parte das vagas não foi preenchida
Lançado em 8 de julho, o Mais Médicos quer melhorar o atendimento no SUS, acelerar os investimentos em infraestrutura nas unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país. A bolsa federal é de R$ 10 mil. Mas, até agora, só 938 das 15.460 vagas que os municípios informaram precisar foram preenchidas.
6% das vagas abertas foram preenchidas
Dilma quer médicos das Forças ArmadasA presidente Dilma Rousseff quer que os médicos das Forças Armadas possam trabalhar no SUS. O fim da restrição  está previsto na PEC aprovada no Senado na semana passada e agora em análise na Câmara.

Datafolha: 54% aprovam vinda de médicos estrangeiros para o Brasil


Levantamento feito pelo Datafolha aponta que aumentou a aprovação dos brasileiros à contratação de médicos estrangeiros. Segundo levantamento divulgado no site do jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira, 54% dos entrevistados são favoráveis ao programa do governo federal para trazer médicos estrangeiros para trabalhar nas periferias das grandes cidades e regiões carentes.
Um levantamento semelhante feito em junho apontou que o índice de aprovação era de 47%. Naquele mês, 48% dos entrevistados se manifestaram contrários ao projeto, agora esse percentual caiu para 40%. O Datafolha fez 2.615 entrevistas em 160 cidades do País entre quarta e sexta-feira da semana passada. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Segundo a pesquisa, quem apoia a vinda de médicos estrangeiros é, na sua maioria, homem (59%), tem ensino fundamental (54%), simpatiza com o PT (62%) e avalia bem o governo federal (63%). Pelo menos 60% vive no Nordeste, com cidades entre 50 mil e 200 mil habitantes (60%). Os maiores opositores à proposta, lançada pelo governo federal por meio do programa Mais Médicos, têm ensino superior (52%), avaliam como ruim ou péssima a gestão da presidente Dilma Rousseff (52%) e moram em cidades grandes, acima de 500 mil habitantes (46%).
Mais Médicos
Lançado em julho, por medida provisória, o programa Mais Médicos tem como meta levar profissionais para atuar durante três anos na atenção básica à saúde em regiões pobres do Brasil, como na periferia das grandes cidades e em municípios do interior. Para isso, o Ministério da Saúde pagará bolsa de R$ 10 mil.
INFOGRÁFICO: REVALIDAÇÃO DO DIPLOMA MÉDICO
O programa também prevê a possibilidade de contratar profissionais estrangeiros para trabalhar nesses locais, caso as vagas não sejam totalmente preenchidas por brasileiros. A medida tem sido criticada por entidades de classe, sobretudo, pelo fato de o programa não exigir a revalidação do diploma de médicos de outros países.
O Mais Médicos estabelece investimentos em hospitais e unidades de saúde, que somados à contratação de novos profissionais totalizará um investimento da União de R$ 15,8 bilhões até 2014. De maneira detalhada os investimentos se distribuirão da seguinte forma: R$ 7,4 bilhões para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e quase 16 mil unidades básicas; R$ 5,5 bilhões para construção, reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs; e também R$ 2,9 bilhões para construção de 14 novos hospitais universitários.
ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo na residência em que os profissionais atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).