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domingo, 1 de setembro de 2013

APARTHEID DE JALECO EM ITABORAÍ - RJ



Dois médicos cubanos foram vítimas de ofensas morais e discriminação quando realizavam plantão no Hospital Municipal de Itaguaí. Eles já residem no Brasil há mais de 15 anos e tem registro expedido pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). Quando dariam início ao plantão, os estrangeiros tiveram as camas retiradas do dormitório para que não dormissem no mesmo espaço destinado aos brasileiros. Além disso, na parede do dormitório foram pichadas frases que exigiam sua saída do Brasil: "fora médicos gringos", dizia.

A ação dos médicos no Rio ocorre alguns dias após a primeira manifestação de preconceito praticada contra os profissionais cubanos em Fortaleza, no início da semana. Sob vaias e gritos ofensivos, os profissionais vieram atender ao programa Mais Médicos instituído pelo governo Federal. 

Diretor de hospital de Itaguaí diz que foi coincidência - clique aqui

O preconceito e a falta de respeito aumentaram "consideravelmente", segundo revelaram médicos de Itaboraí que pediram para não ser identificados.

Testemunhas que viram o ataque de discriminação em Itaboraí disseram que tudo teve início a partir de um mal entendido envolvendo o atendimento a uma criança. 

A doutora Candelária é cubana de nascimento, mas casada com um brasileiro. Seu filho, Islem, também médico e igualmente discriminado, tem todos os registros para trabalhar no Brasil. Testemunhas afirmam que os dois saíram chorando da unidade hospitalar onde Candelária trabalha há 15 anos. Até hoje, afirmaram, jamais haviam sido vítimas de qualquer tipo de manifestação preconceituosa. Com a saída dos médicos da unidade municipal de Itaboraí, permaneceu sozinha no plantão a médica também cubana de nome Emma. 

O problema envolvendo a criança, que teria dado início ao conflito, ainda permanece confuso. Segundo apurado por Conexão, os pais da criança queriam mantê-la na unidade, embora seu estado de saúde não oferecesse maiores riscos. A família teria plano de Saúde do Bradesco. O conflito teria provocado a reação de discriminação. Com a confusão, alguns funcionários insatisfeitos com a presença dos estrangeiros retiraram as camas destinadas aos dois cubanos e picharam na parede a mensagem pedindo que deixem o país. 

O diretor do hospital no turno da manhã, que presenciou a cena, pediu desculpas aos dois médicos ofendidos. Entretanto eles, se dizendo humilhados, acabaram saindo do hospital. 

Outros estrangeiros garantiram que a discriminação contra o trabalho de profissionais de outros países aumentou consideravelmente nos últimos dias: "insuportável!", resumiu uma estrangeira que pediu para não ser identificada.

Dicas:
Matéria: Shagrat All Durr
Título: Pablo Yuri Raiol Santana
Fonte: http://www.conexaojornalismo.com.br/colunas/saude/transplantes/medicos-brasileiros-retiram-camas-de-dormitorios-e-ofendem-cubanos-em-itaborai-69-15324

terça-feira, 27 de agosto de 2013

MÉDICOS BRASILEIROS COMETEM CRIME DE PRECONCEITO! ESSA MÁFIA DO JALECO NÃO NOS REPRESENTA!


O episódio dos médicos cearenses contra os colegas cubanos é o retrato da falta de memória brasileira.
Nos eventos da CNV, em seminário que assisti de seminário sobre a resistência, a verdade e a memória dentro do ecumenismo, convidada por um amigo sociólogo, estudioso e ciente da história do Brasil e do mundo e nos bate-papos informais, agora me vem à tona, o resultado do que aprendi, das ideias que trocamos e das impressões que ficaram e que cabem na compreensão do caso. E mais alguns estudos meus sobre o comércio e hipoteca de escravos ocorridos no meu estado.

A ditadura, ainda está institucionalizada tanto no setor público como privado. E a maior demonstração aberta de que isso ocorre é o modo como as entidades médicas e seus membros tem agido todos os dias. O modo ditatorial que eles empregam é o de tortura, que não é mais a física, mas, a midiática, a xenofóbica, a corporativista, que não desconhece limites agredindo colegas que por sua ideologia e também por sua cor, eis que as duas se confundem quando são chamados de escravos.

Porque os chamam de escravos? Porque esses médicos desconhece a história de lutas dos negros para chegar à liberdade. São aqueles que fingem ou ignoram a quantidade de negros mortos nessa batalha contra a elite escravagista brasileira. E o país o que fez? Trouxe a verdade, as entranhas dos crimes cometidos pelos senhores de escravos? Não, preferiu dar crédito a uma princesa que nada fez pelos negros, somente assinou a lei e ficou como a heroína de gente que pensa como esses médicos. 

Comparo a reserva de mercado e corporativismo dos médicos às fazendas reprodutoras de escravos e seus donos. Eles eram a lei, estavam acima de quaisquer coisas, eram mercadores de seres humanos que eles consideravam cidadãos de segunda classe, do mesmo jeito que os médicos vendem a saúde e acham que a população não é merecedora de cuidados médicos. Então, só mudou os palhaços, o circo continua o mesmo. Ou seja, médicos brasileiros são mercadores da vida e da morte. Escolhem quem merece ou não viver, negando aos pobres o direito básico que é saúde preventiva.

A verdade sobre as lutas dos negros foram varridas para debaixo do tapete, sem que a verdade tenha chegado a muitos lugares. E isso deu lugar ao preconceito de classe e de cor.

E assim chegamos ao que temos hoje.

E mais recente que a luta pela libertação dos escravos, temos o exemplo da ditadura militar, que usou empresas, cooptou classes para que o regime fosse mantido. 

Um exemplo de classe cooptada pela ditadura está a de médicos que promovem uma perseguição incessante, ditatorial, com um discurso de quem não está com eles, está contra, e com isso promove a maior vergonha de todas as que eles já fizeram e tem feito, que foi a hostilização perversa contra médicos cubanos, que são infinitamente melhores que esses mercenários que não conhece nada além do próprio umbigo. Não tem noção de humanidade e muito menos do que seja a verdadeira medicina.

O ato praticado ontem pelos médicos cearenses foi crime de preconceito de classe, de cor e também de ideologia.

XENOFOBIA, denuncie! Disque 100 (Direitos Humanos)

Desculpem-nos os Drs. Médicos Cubanos, os Médicos Brasileiros não nos representam!!!