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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Em Portugal, médicos cubanos são um problema. Ninguém quer que eles se vão!


Se o caro amigo internauta fizer uma pesquisa rápida no Google verá que o que pode acontecer aqui no Brasil , no futuro, com os médicos cubanos que o Governo Federal está trazendo para atuar em municípios onde não há profissionais brasileiros dispostos a atuar.

Os problemas não são de incapacidade profissional ou de dificuldade de comunicação.

São que os contratos firmados pelo governo português estão acabando e alguns deles terão de ir embora, para desespero das populações e dos prefeitos do Alentejo, do Algarve e do Ribatejo, regiões pobres que estão ameaçadas de ficarem, outra vez, sem médicos.

O portal SulInformação noticia:


Os cinco médicos cubanos que prestavam serviço de consultas no conselho de Odemira terminaram os seus contratos e regressaram ao seu país, deixando mais de 14 mil utentes sem médico de família.
Esta situação, segundo denuncia, em comunicado, a Câmara Municipal de Odemira, «está a provocar a rotura dos serviços médicos em Odemira, S. Teotónio, Sabóia e Vila Nova de Milfontes e o descontentamento da população e da autarquia, que têm vindo a expressar o seu descontentamento junto dos responsáveis locais, regionais e governamentais sem qualquer sucesso».

A autarquia sublinha, no comunicado a que oSul Informação teve acesso, que no litoral Alentejano prestavam serviço 16 médicos cubanos, cinco dos quais no concelho de Odemira e não foram substituídos, isto apesar de há alguns meses os autarcas terem sido alertados pela direção do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Litoral Alentejano para a necessidade de garantir a substituição dos médicos cubanos que terminavam contrato no final do ano de 2011.

As prefeituras são as maiores defensoras do trabalho dos profissionais cubanos, pelos trabalhos pró-ativos de saúde pública que realizam.

Até o presidente da Ordem dos Médicos de Portugal, apesar da cantilena de que os médicos estrangeiros são “superiores” em qualidade profissional, reconhece:
“Naturalmente os cidadãos que receberam os médicos estrangeiros ficaram satisfeitos. Porque até aí não tinham médico e passaram a ter. Não com as competências adequadas e desejáveis, mas passaram a ter um médico”

Pois é, né, doutor…
Agora, para quem quiser se aprofundar mais no “choque cultural” representado pelos médicos estrangeiros em Portugal, recomendo a leitura de um trabalho de duas sociólogas e uma psicóloga na Revista Iberoamericana de Salud y Ciudadanía, coordenada pela Universidade do Porto.

Ali, são ouvidos médicos cubanos, espanhóis e colombianos que foram trabalhar em Portugal e que falaram sobre essa experiência. Trascrevo apenas um pequeno depoimento, de uma médica uruguaia que está por lá:
Tú tienes que tener un segundo para mí, dos minutos aunque sea de

camino, de acercarte al primer familiar que está y decirle „señora, está

así, hicimos esto, la cosa está así, lo voy a llevar a tal hospital,

quédese tranquila, yo lo voy a acompañar‟. Es lo mínimo. Los

médicos portugueses, entran, salen, meten el tipo y se van. Yo al

principio decía „pero esto es inhumano!‟ […] Yo hablo con los

familiares. Eso les llamó mucho la atención a los enfermeros y a los

TAE [Técnicos de Ambulância de Emergência], yo siempre busco un

minuto […]. Hay cosas que son de sensibilidad humana porque el

paciente no es una cosa o un objeto. (E2, médica uruguaia)
Talvez tenhamos alguma coisa a aprender por aqui, não é?

Por: Fernando Brito

Fonte: http://tijolaco.com.br/index.php/em-portugal-medicos-cubanos-sao-um-problema-ninguem-quer-que-eles-se-vao/

terça-feira, 14 de maio de 2013

QUEBRANDO O TABU OS MÉDICOS ESTANGEIROS: 40% DOS MÉDICOS DA INGLATERRA SÃO FORMADO EM OUTROS PAÍSES

Prioridade é importar médicos da Espanha e de Portugal, diz ministro
 


Em busca de médicos
Após debater vinda de profissionais de Cuba, governo afirma que 'grande foco' são países europeus


Padilha fala em quebrar 'tabu' sobre vinda de estrangeiros; entidade ameaça ir à Justiça caso não haja 'rígidos testes'


ministro da SaúdeAlexandre Padilha, disse ontem que a importação de médicos estrangeiros não pode ser um "tabu" e que a prioridade do governo será atrair profissionais da Espanha e de Portugal para suprir o deficit existente no interior do país e na periferia de grandes cidades.


A declaração do ministro vem depois da polêmica com organizações médicas que protestaram contra um possível acordo entre os governos do Brasil e de Cuba, encabeçado pelo Ministério das Relações Exteriores, para trazer 6.000 médicos ao país.


Durante evento em São Paulo, Padilha evitou falar diretamente sobre a importação de médicos cubanos.


Afirmou que seu "grande foco" será fazer intercâmbios com os dois países europeus, que possuem grande quantidade de profissionais qualificados e desempregados em razão da crise econômica.


O governo vai enviar hoje à Espanha um representante para visitar universidades de medicina daquele país.


A AMB (Associação Médica Brasileira) pretende acionar a Justiça e levar a classe para as ruas caso a gestão Dilma Rousseff (PT) importe médicos de outros países sem que eles passem por "rígidos testes de conhecimento, habilidade e atitude".


O presidente da associação, Floriano Cardoso, afirmou que o governo será o "responsável direto por erros, complicações e mortes que poderão ocorrer caso médicos incompetentes passem a atender a população".


Cardoso teme que a intenção do governo seja trazer brasileiros que fizeram medicina no exterior em "faculdades de baixa qualidade".


"As fronteiras estão abertas, desde que esses profissionais provem que são competentes", afirmou.


O ministro disse que a política de atração de médicos estrangeiros "não deve ser um tabu no Brasil porque em nenhum outro pais é".


"Não dá para esperar oito anos para ter esse profissional", afirmou, em referência ao tempo para formar os profissionais e à dificuldade de encontrar interessados para as áreas mais distantes.


Segundo Padilha, a ideia é chamar médicos de fora, por meio de intercâmbio, permitindo a atividade deles exclusivamente em áreas carentes. Ele afirmou que 40% dos médicos na Inglaterra são formados em outros países.

O ministro descartou a contratação de médicos de países com menos de 1,8 médicos por mil habitantes --índice brasileiro--, como Bolívia e Paraguai. Também desconsiderou a possibilidade de uma validação automática de diplomas dos estrangeiros.


A exigência de passar por um teste nacional, porém, esbarraria no rigor atual. Hoje, médicos estrangeiros que queiram trabalhar no Brasil precisam passar por uma revalidação de diploma feita pelo Ministério da Educação.


Em 2012, o exame reprovou 91,6% dos 922 inscritos. Em 2011, a reprovação foi de 90,4%. O percentual mínimo de acerto nas provas objetiva e discursiva é perto de 60%.


Fonte: Folha de São Paulo