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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

DUAS MÉDICAS, UM SONHO: RETRIBUIR O QUE APRENDERAM, CUIDANDO DOS MAIS POBRES


 Beatriz Thome
Kátia Regina Marquinis

Beatriz da Costa Thome tem 35 anos, estudou em uma universidade pública da capital, já trabalhou em Moçambique, Quênia, Congo, Ruanda e Costa do Marfim, na África, e em Seattle e Nova York, nos Estados Unidos. Agora ela vai atuar em São Paulo. Kátia Regina Marquinis tem 39 anos, estudou em uma faculdade pública do interior, trabalhou quase toda carreira na capital e, em breve, estará em São Bernardo do Campo, na região do ABC.
Ambas fazem parte do grupo de 45 médicos que passará a atender em setembro na capital e demais regiões do estado de São Paulo pelo programa Mais Médicos do governo federal.
A primeira é pediatra especializada em saúde pública e, a segunda, é oftalmologista com especialização em uveítes (inflamações em diversas estruturas do olho, associadas a outras doenças). Apesar das diferenças, ambas têm algo em comum: a vontade de retribuir a oportunidade de ter cursado medicina em uma instituição pública prestando atendimento às camadas mais pobres e vulneráveis da sociedade.
SONHO/ Após se formar e fazer residência na Escola Paulista de Medicina, Beatriz se inscreveu em um programa da Universidade de Columbia, dos EUA, para tratar de crianças em Moçambique, onde 16% da população têm Aids. “Além de problemas de saúde corriqueiros,  me especializei em HIV.”
Foram quatro anos e, em seguida, a pediatra foi fazer um mestrado nas duas cidades norte-americanas. Há seis meses ela retornou ao Brasil, mas retornava à África em viagens esporádicas. Quando soube do Mais Médicos, não teve dúvida em inscrever-se.
“O SUS é um modelo visto como exemplo no exterior, mas aqui é pouco valorizado. Como trabalhei muito tempo fora, sempre quis ver o sistema de saúde fortalecido no Brasil, que é a nossa solução. É um desafio, mas a saúde precisa chegar a quem vive em locais mais distantes”, diz. Ela  escolheu São Paulo pela  família, mas a segunda opção era o Distrito Sanitário Especial Indígena do Xingu.
‘Como cidadã brasileira decidi fazer minha parte’Kátia Regina Marquinis fez medicina na Faculdade de Medicina de Jundiaí, mas, assim que se formou, veio para São Paulo para cursar o período de residência no Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual). Lá,  começou a se especializar em cardiologia, mas resolveu mudar de área e optou, depois, por oftalmologia.
Dentro dessa especialidade, Kátia se aprofundou em uveítes porque normalmente  há outras doenças associadas à inflamação nos olhos e, por esse motivo, ela também precisava ter um denso conhecimento de clínica geral, com a qual tinha afinidade. “Gostei muito da área pois precisava tratar quase todo tipo de doenças mais comuns, como tuberculose e hipertensão”, explica.
A oftalmologista também sempre teve gosto por ensinar e aprender e, por isso, tornou-se preceptora (professora médica que ensina os residentes) voluntária do Iamspe. Depois desse período, Kátia foi trabalhar em um hospital privado com um setor filantrópico (que atende pelo SUS), onde ela também foi preceptora. “Ali eu percebi a demanda por médicos, as filas enormes na espera por atendimento”, conta. “Mas era algo que já vinha me incomodando, sempre tive isso dentro de mim e vi no Mais Médicos a oportunidade de atender a população mais carente do entorno da Grande São Paulo. Como cidadã brasileira decidi fazer minha parte oferecendo meu trabalho a áreas onde há maior vulnerabilidade social.”
Maior parte das vagas não foi preenchida
Lançado em 8 de julho, o Mais Médicos quer melhorar o atendimento no SUS, acelerar os investimentos em infraestrutura nas unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país. A bolsa federal é de R$ 10 mil. Mas, até agora, só 938 das 15.460 vagas que os municípios informaram precisar foram preenchidas.
6% das vagas abertas foram preenchidas
Dilma quer médicos das Forças ArmadasA presidente Dilma Rousseff quer que os médicos das Forças Armadas possam trabalhar no SUS. O fim da restrição  está previsto na PEC aprovada no Senado na semana passada e agora em análise na Câmara.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Mais Médicos: 1º mês de seleção aponta 1.753 profissionais para 626 municípios


Dos postos a serem ocupados, 51,3% estão em regiões carentesdo interior; o restante se situa nas periferias das capitais e das regiõesmetropolitanas
O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (1) alista de municípios selecionados para receberem profissionais brasileirosinscritos no Programa Mais Médicos. Na seleção do primeiro mês, foramselecionadas, em 626 municípios, 1.753 vagas. Destas, 51,3% estão em municípiosde maior vulnerabilidade social do interior e 48,6% nas periferias de capitaise regiões metropolitanas. Todas as regiões contempladas neste primeiro mês deseleção estão entre as prioritárias do programa.
 Os médicos comregistro válido no Brasil selecionados nesta fase têm até sábado (3) as 16horaspara homologar a participação no programa e assinar termo de compromisso,confirmando o interesse no município indicado. A lista final com profissionaise municípios que participarão desta primeira seleção será publicada nasegunda-feira (5) no site do Ministério da Saúde. A próxima chamada de médicose municípios começa no dia 15 de agosto.
 “Estamos muitosatisfeitos com esses profissionais que demonstraram interesse de atuar nasregiões mais carentes do Brasil, mas sabemos que ainda temos uma grande demandapara atender. Com o Mais Médicos, confirmamos que faltam muitos profissionaisno interior do país e nas periferias de grandes cidades. Nesta primeiraseleção, focada nos brasileiros, ainda ficamos com um déficit de 13.647 vagas”,destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Dos 1.753 profissionais selecionados, 74% foram direcionadospara sua primeira opção entre os seis municípios que poderia escolher por ordemde prioridade. Outros 232 ficaram com a segunda opção e os demais entre aterceira e quinta.
Ao todo, 2.379 médicos com diploma brasileiro fizeram aescolha dos municípios de preferência para atuar pelo programa. Destes, 507 quenão foram alocados em suas escolhas por indisponibilidade de vagas poderãoajustar suas opções, confirmando-as até segunda-feira (5).
Os demais 119 que, descumprindo as regras do edital, nãoapontaram seis possibilidades de municípios para trabalhar, só poderão retomara participação na segunda semana mensal. Os dados foram cruzados peloMinistério da Saúde para fechar a lista dos municípios que seriam atendidos noprimeiro mês de seleção.
DEMANDA – Como o primeiro mês de seleção teve demandaapontada por 15.460 médicos em 3.511 municípios, este resultado deve preencherapenas 11% desta expectativa, deixando 13.707 postos ociosos em 2.885 cidades.
Para garantir que o Mais Médicos ampliará o atendimento àpopulação, os profissionais que participarão do programa só poderão serinseridos em novas equipes de atenção básica ou naquelas em que há falta demédicos. O Ministério da Saúde, com base nos dados de 12 de julho do CadastroNacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), bloqueará o CPF do médico doprograma, impedindo a inserção dele em equipes que já possuem médicos. O gestormunicipal deve registrar as novas equipes em até 60 dias após a chegada doprofissional.
“O Mais Médicos foi criado com o objetivo de ampliar oatendimento à população na atenção básica e, com essa ação, estamos garantindoque o profissional será alocado exatamente nas regiões onde faltam médicos”,disse Padilha.
SELEÇÃO – Dos 626 municípios selecionados nesta primeiraetapa, 375 estão em regiões com 20% ou mais de sua população em situação deextrema pobreza, 159 em regiões metropolitanas, 68 estão em um grupo de 100cidades com mais de 80 mil habitantes de maior vulnerabilidade social e 24 sãocapitais. Na distribuição dos profissionais foram atendidos ainda 23 distritossanitários indígenas.
Os municípios da região Nordeste foram contemplados com omaior número de médicos, com um total de 619 profissionais direcionados a 300cidades e 1 DSEI. Em segundo lugar, vem o Sudeste, com 460 dos médicos paraatender 122 municípios. Em seguida vem a região Sul, com 244 médicos em 90municípios. A região Norte vai receber 250 médicos em 74 municípios e 17 DSEIs;e Centro-Oeste, com 180 médicos em 40 municípios e 5 DSEIs.
Os estados que receberão mais médicos serão Bahia (161),Minas Gerais (159), São Paulo (141), Ceará (138), Goiás (117), Rio Grande doSul (107) e Amazonas (73).
ESTRANGEIROS – Como definido desde o lançamento do MaisMédicos, os brasileiros têm prioridade no preenchimentos dos postos apontados.Os remanescentes serão oferecidos primeiramente aos brasileiros graduados noexterior e em seguida aos estrangeiros.
A partir de terça-feira (6) até dia 8, os médicos que seformaram no exterior e finalizaram o cadastro no programa poderão selecionar osmunicípios com vagas não ocupadas por brasileiros. No dia 9, será publicada alista dos municípios que receberão médicos estrangeiros.
Os médicos do programa – tanto brasileiros quantoestrangeiros – devem começar a atuar nos municípios em setembro. Todos osprofissionais formados no exterior serão avaliados e supervisionados poruniversidades federais, de todas as regiões do país, que se inscreveram nestaprimeira etapa do programa.
O PROGRAMA - Lançado pela Presidenta da República, DilmaRousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto demelhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivode acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades desaúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país, como osmunicípios do interior e as periferias das grandes cidades.
Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil,paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização emAtenção Básica durante os três anos do programa.
O Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhõesna expansão e na melhora da rede pública de saúde de todo o Brasil. Destemontante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais,601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas.Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação deunidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

DIRETOR DO HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS DIZ QUE É MAIS FÁCIL ACHAR OURO QUE MÉDICO ESPECIALISTA

"Está mais fácil achar ouro do que encontrar [médico] especialista." A afirmação é de Henrique Prata, diretor do Hospital de Câncer de Barretos --referência no tratamento público da doença--, que apoia "110%" a proposta do governo federal de facilitar a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil.
Defensor da ideia de trazer profissionais de outros países mesmo antes do plano do governo, Prata afirma que o próprio hospital administrado por ele no interior de São Paulo tem hoje um deficit de 70 médicos. As vagas não são preenchidas, segundo o diretor, por falta de gente no mercado.
"Não tem médico. Concordo 110% com essa visão do governo. Falta profissional no interior, e só assim [com a 'importação'] será possível resolver o problema. Nós não achamos [médicos], principalmente especialistas."
Gabo Morales-5.nov-2012/Folhapress
O diretor do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata, em evento ocorrido em São Paulo
O diretor do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata, em evento ocorrido em São Paulo
A medida é polêmica e já recebeu críticas de entidade como o CFM (Conselho Federal de Medicina), que diz que uma das principais causas para a falta de médicos no país são os baixos salários.
PORTUGAL E ESPANHA
Prata defende a qualidade dos colegas estrangeiros. Ele cita como exemplos os profissionais da saúde da Espanha e de Portugal.
"Eu conheço a maioria das faculdades [de medicina] de Portugal. Estão no nível de USP. Na Espanha, também. São países sérios. Estive observando os profissionais de lá. E o nível de formação deles é muito bom."
Em Barretos, Prata já tem hoje pesquisadores estrangeiros atuando no hospital. Em 2011, quando a entidade tinha um deficit de 38 oncologistas, ele disse à Folha que pensava em resolver o problema trazendo médicos de outros países.
Isso só não foi feito ainda, segundo Prata, por "questões burocráticas".
NA PRÁTICA
A situação, de acordo com o dirigente, é pior em regiões onde há menor concentração de profissionais. O Hospital de Câncer de Barretos tem um programa que faz atendimento de saúde no Norte e no Nordeste do país, por meio de carretas que percorrem essas regiões brasileiras.
"Lá, é uma tristeza", afirmou, referindo-se à falta de profissionais nas regiões por onde passam essas unidades móveis de atendimento.
"Esse problema você não supera do dia para a noite. A medida do governo é correta. Foi preciso muita coragem para mexer nesse vespeiro. Tem que ter firmeza."
Para o diretor, os opositores à ideia do governo são corporativistas.

NOTA DA BLOGUEIRA: Gostaria que o CFM explicasse porque um hospital referência, que está no interior há carência de médicos também! 
Eles virão com o mesmo discurso de sempre, corporativista e completamente distante da população que mais necessita de cuidados.
Com essa notícia não há desculpa para esses mercenários travestidos de médicos.
Eles são tudo, menos médicos comprometido com o atendimento dos excluídos do Brasil. O Governo Federal, age corretamente, buscando a solução imediata para todos os brasileiros, que é a importação de médicos compromissados no atendimento preventivo, que é Atenção em Saúde Básica, pois não podemos esperar mais. Com esse tipo de atendimento, podem ter certeza de que a fila de espera em Unidades de Saúde e Pronto-Socorros em todo o Brasil diminuirá, e em algum momento acabará. 


terça-feira, 14 de maio de 2013

NÃO SE FAZ SAÚDE SEM MÉDICOS, DIZ PADILHA!!!!



O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou, nesta terça-feira (7), durante anúncio de ações do programa Viver sem Limites, em Brasília, que o governo federal analisa experiência de outros países para atrair médicos para o interior, regiões carentes e periferias de grandes cidades. “Não se faz saúde sem médico. O Brasil precisa de mais médicos com mais qualidade e mais perto da população”, disse.
O Brasil possui hoje 1,8 médicos por mil habitantes. Esse índice é menor do que em outros países, como a Argentina, 3,2 médicos por mil habitantes, e Portugal e Espanha, ambos com 4 por mil. Em janeiro deste ano, prefeitos apresentaram à presidenta Dilma Rousseff a dificuldade em contratar médicos nos municípios pequenos e regiões mais carentes. “Uma das questões que virou tabu no Brasil é que o país tem muito médico. Contudo, os números não sustentam isso”, destacou Padilha.
Entre as sugestões apresentadas pelos gestores municipais estão politicas para atração de médicos estrangeiros, a exemplo de estratégias utilizadas por países desenvolvidos. Enquanto no Brasil 1% dos médicos se formou em outro país, na Inglaterra esse índice é de 40% e nos Estados Unidos, 25%. Canadá, 22%, e Austrália, 17%. “Nós vamos continuar estudando alternativas possíveis, inclusive aprendendo com experiências de outros países“, salientou o ministro Padilha.
As alternativas que estão sendo estudadas pelo Ministério da Saúde com base na experiência de outros países consideram a atuação de médicos com formação de qualidade e a inserção deles na realidade brasileira de forma responsável, bem como sua atuação nas áreas que mais carecem de profissionais. Segundo Padilha, está descartada, por exemplo, a revalidação automática de diplomas e a contratação de médicos de países com índice de profissionais menor que o Brasil.
Entre as políticas voltadas a atuação de médicos nas regiões que mais precisam, destaca-se a atuação conjunta dos ministérios da Saúde e da Educação na estruturação dos serviços de saúde, ampliação de vagas de graduações em medicina nas periferias e pequenos municípios. Outra iniciativa é o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), em que o Ministério da Saúde oferece bolsa de R$ 8 mil para que médicos recém-formados trabalhem em Unidades Básicas de Saúde nas regiões mais carentes. Neste ano, 3.895 médicos estão atuando no programa, que conta com acompanhamento de universidades, especialistas e gestores de saúde.
Fonte: Wesley Kuhn /Agência Saúde
Fotos: Luís Oliveira – Ascom/MS.

QUEBRANDO O TABU OS MÉDICOS ESTANGEIROS: 40% DOS MÉDICOS DA INGLATERRA SÃO FORMADO EM OUTROS PAÍSES

Prioridade é importar médicos da Espanha e de Portugal, diz ministro
 


Em busca de médicos
Após debater vinda de profissionais de Cuba, governo afirma que 'grande foco' são países europeus


Padilha fala em quebrar 'tabu' sobre vinda de estrangeiros; entidade ameaça ir à Justiça caso não haja 'rígidos testes'


ministro da SaúdeAlexandre Padilha, disse ontem que a importação de médicos estrangeiros não pode ser um "tabu" e que a prioridade do governo será atrair profissionais da Espanha e de Portugal para suprir o deficit existente no interior do país e na periferia de grandes cidades.


A declaração do ministro vem depois da polêmica com organizações médicas que protestaram contra um possível acordo entre os governos do Brasil e de Cuba, encabeçado pelo Ministério das Relações Exteriores, para trazer 6.000 médicos ao país.


Durante evento em São Paulo, Padilha evitou falar diretamente sobre a importação de médicos cubanos.


Afirmou que seu "grande foco" será fazer intercâmbios com os dois países europeus, que possuem grande quantidade de profissionais qualificados e desempregados em razão da crise econômica.


O governo vai enviar hoje à Espanha um representante para visitar universidades de medicina daquele país.


A AMB (Associação Médica Brasileira) pretende acionar a Justiça e levar a classe para as ruas caso a gestão Dilma Rousseff (PT) importe médicos de outros países sem que eles passem por "rígidos testes de conhecimento, habilidade e atitude".


O presidente da associação, Floriano Cardoso, afirmou que o governo será o "responsável direto por erros, complicações e mortes que poderão ocorrer caso médicos incompetentes passem a atender a população".


Cardoso teme que a intenção do governo seja trazer brasileiros que fizeram medicina no exterior em "faculdades de baixa qualidade".


"As fronteiras estão abertas, desde que esses profissionais provem que são competentes", afirmou.


O ministro disse que a política de atração de médicos estrangeiros "não deve ser um tabu no Brasil porque em nenhum outro pais é".


"Não dá para esperar oito anos para ter esse profissional", afirmou, em referência ao tempo para formar os profissionais e à dificuldade de encontrar interessados para as áreas mais distantes.


Segundo Padilha, a ideia é chamar médicos de fora, por meio de intercâmbio, permitindo a atividade deles exclusivamente em áreas carentes. Ele afirmou que 40% dos médicos na Inglaterra são formados em outros países.

O ministro descartou a contratação de médicos de países com menos de 1,8 médicos por mil habitantes --índice brasileiro--, como Bolívia e Paraguai. Também desconsiderou a possibilidade de uma validação automática de diplomas dos estrangeiros.


A exigência de passar por um teste nacional, porém, esbarraria no rigor atual. Hoje, médicos estrangeiros que queiram trabalhar no Brasil precisam passar por uma revalidação de diploma feita pelo Ministério da Educação.


Em 2012, o exame reprovou 91,6% dos 922 inscritos. Em 2011, a reprovação foi de 90,4%. O percentual mínimo de acerto nas provas objetiva e discursiva é perto de 60%.


Fonte: Folha de São Paulo