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quinta-feira, 18 de julho de 2013

MINISTÉRIO DA SAÚDE MELA O BOICOTE DOS DRS. COXINHAS!!!! A POPULAÇÃO AGRADECE

O Ministério da Saúde anunciou que quem fizer a inscrição no Mais Médicos terá que declarar na própria inscrição que está se desligando de outros programas, como por exemplo o PROVAB e Residências.

As entidades médicas tinham anunciado a inscrição em massa dos médicos para boicotarem o programa, desistindo deles na segunda fase.

Agora com essa exigência, o boicote deles foi para o ralo. 

É muito descaramento dos médicos boicotarem um programa porque não tiveram formação humanista, não cumprem o juramento de Hipócrates, porque não querem sair dos centros de referência e muito menos atender a população desassistida.

Eles já boicotam os usuários de planos de saúde afirmando que são muito mal remunerados, mas usam os guias médicos dos planos para atraírem os pacientes dizendo que pelo plano só em 6 meses, mas, pagando consulta particular, é na mesma hora o atendimento no consultório.

Então eles boicotam a saúde do brasileiro de todas as formas que podem. Mas, um programa humanista como o Mais Médicos eles não vão conseguir. E sabem porque? Porque temos um médico humanista como Ministro da Saúde.
A luta do Ministro Alexandre Padilha contra o corporativismo dos médicos é quixotesca. Mas, conversando com a população das periferias, explicando o que é o programa Mais Médicos, noto claramente que todos estão com o Ministro. Os médicos estão falando sozinho. Nem a classe dos coxinhas não médicos estão à favor do que eles tem feito ao longo do tempo.

Agora, abaixo vou colocar a matéria do Ministério da Saúde que põe fim à bandalha promovida para o boicote do programa Mais Médicos.


Ministério da Saúde reforça checagem de documentos de inscritos no Mais Médicos

Residentes e participantes do Provab terão de declarar, no ato da inscrição, que desistirão destes programas para participar do Mais Médicos
O Ministério da Saúde vai reforçar a análise da documentação dos médicos no sistema de inscrição do programa Mais Médicos. A partir desta sexta-feira (19), médicos que hoje ocupam vagas de residência e participantes do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab) terão de declarar, já no ato da inscrição, estarem dispostos a desistir destes postos para aderir aos Mais Médicos.
“O primeiro interesse que tem que ser atendido é o interesse da população, sobretudo aquela que não tem médicos perto de onde vive e trabalha. Estamos estimulando os médicos brasileiros a participar do programa, mas não queremos ninguém que esteja fazendo qualquer tipo de sabotagem para atrasar um programa que visa oferecer médicos para a população”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Ao homologar sua participação no programa, o médico terá de entregar declaração impressa de seu desligamento da residência médica ou do Provab, emitido pela coordenação dos programas. A medida visa certificar a real intenção dos profissionais a participar do Mais Médicos.

Além disso, médicos que homologarem sua participação do projeto e não comparecerem no início das atividades ou desistirem nos primeiros seis meses serão excluídos do programa e só poderão se inscrever novamente seis meses depois. Os reincidentes ficarão impossibilitados em caráter definitivo de voltar a participar do programa. A inclusão desta regra no edital será publicada no Diário Oficial nesta sexta-feira.
OUVIDORIA – Para verificar o real interesse dos médicos em participar da iniciativa, a Ouvidoria do Sistema Único de Saúde entrará em contato com os profissionais que já se inscreveram no programa e que apresentem inconsistência no cadastro.
A medida foi tomada após o Ministério receber uma série de denúncias relatando que grupos têm utilizado as redes sociais para disseminar propostas para inviabilizar e atrasar a implementação da chamada de profissionais. A ideia destes grupos seria gerar um alto número de inscrições formais e, posteriormente, provocar uma desistência em massa, prejudicando os reais interessados na participação da iniciativa.
As novas medidas serão comunicadas aos médicos já inscritos no programa pela Ouvidoria do Ministério da Saúde por telefone ou e-mail. As inscrições para o Mais Médicos seguem abertas até 25 de julho e podem ser feitas pelo site do Ministério da Saúde, www.saude.gov.br.
O programa integra um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde, além da chamada de médicos com foco nas regiões de maior vulnerabilidade social.
A iniciativa prevê ainda a expansão do número de vagas de medicina e de residência e o aprimoramento da formação médica no Brasil.
Os médicos formados no Brasil ou com diplomas validados no país terão prioridade nas vagas do programa. As que não forem preenchidas por estes profissionais serão oferecidas aos estrangeiros inscritos na iniciativa.
Só serão selecionados médicos que atuam em países que tenham mais de 1,8 médicos por mil habitantes, com registro comprovado naquele país e que tenham conhecimento da língua portuguesa. Os participantes serão acompanhados por instituições públicas de ensino.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

MÉDICOS, BEM-VINDOS, NÓS PRECISAMOS DE VOCÊS

É fato que nunca tivemos no Brasil uma política de fixação de médicos. O país está diante de uma grande oportunidade de dar novas prioridades na formação e tratamento dos médicos. Esta foi criada pela energia democrática que veio das ruas que possibilitou à presidenta Dilma propor o Programa Mais Médico,.

A necessidade de fixar médicos no interior das cidades brasileiras é reconhecida de longa data. Tentativas infrutíferas de implantação de política de fixação ocorreram no passado de modo pontual e localizado em vários estados, inclusive no RN. 

A afirmação de que “não se faz saúde sem médicos”, constitui uma percepção manifesta das entidades médicas, cuja ressonância se faz sentir com o novo programa que inclui mais médicos no SUS, com prioridade assegurada para os brasileiros.

O governo já vinha fazendo tentativas para reduzir o déficit de médicos no SUS, com a implantação (setembro de 2011) do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (PROVAB), que não surtiu o efeito desejado. Das 2.867 prefeituras que recorreram ao PROVAB para obter médicos 55% (1.581 prefeituras) não conseguiram estes profissionais para atuarem em suas áreas. Faltam médicos em 10 mil equipes de saúde da família em todo o país. Tal déficit atinge os municípios com menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) nos quais a população é mais pobre.

Desde o início do ano de 2013 que centenas de prefeitos – quase a metade dos municípios do país – tiveram um encontro em Brasília com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha no qual cobraram ações para a contratação de médicos estrangeiros. Um abaixo assinado de apoio à contratação dos médicos recebeu a assinatura de 2.500 prefeitos. Este movimento demonstra os vasos comunicantes entre as várias esferas da administração pública, indispensáveis para que projetos de interesse universal e alcance amplo tenham êxito.

Ao lado do insuficiente número de profissionais no sistema de saúde temos como problema a lógica que predomina na formação dos médicos que os aproxima dos interesses do mercado e assim os distancia das necessidades da população. 

A medida emergencial de criação do programa Mais Médicos precisa ser calçada por outras, de natureza estruturante, para criar um novo ciclo no SUS: mais recursos para a saúde pública; reforma do modelo assistencial; valorização das carreiras da área; remuneração compatível; formato de contratação com garantias trabalhistas expressas; serviços com boas instalações, medicamentos, equipamentos e insumos, entre outras, para garantir uma assistência integral à saúde da população.

Os focos de conservadorismo das entidades médicas apontam para a recusa em aceitar a vinda de profissionais estrangeiros e a agregação de dois anos na carreira de medicina com trabalho no SUS (prática semelhante à de países como a Inglaterra, Suécia e França) como contrapartidas sociais dos que têm acesso à formação gratuita (calculada em RS 800.000 per capta). Estas manifestações se inscrevem na mesma lógica de mercado presente na proposta de regulamentação do “Ato médico”, que não pode desrespeitar o exercício das outras profissões, e desconsiderar o impacto direto no acesso dos usuários aos serviços de saúde.

Neste contexto em que, no Brasil e no mundo, as mudanças estão partindo das mobilizações da sociedade (criação de um novo tipo de espaço público), as instituições (não apenas as governamentais) carecem de revisão de suas posturas, concepções e práticas, pautando-se pelo compromisso social sob pena de perda de legitimidade.

Indiscutivelmente o país precisa de mais médicos. Sejam bem-vindos ao trabalho no SUS e à nossa luta por uma saúde de qualidade para todos os brasileiros!!!

Por Themis Xavier de A. Pinheiro - Professora da UFRN
Fonte: http://tribunadonorte.com.br/noticia/medicos-bem-vindos/255601

quarta-feira, 10 de julho de 2013

MINISTRO PADILHA PEDE URGÊNCIA NA MP DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reuniu-se nesta terça-feira (9) com os presidentes do Senado Federal, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, para pedir celeridade na análise da Medida Provisória (MP) que institui o Programa Mais Médicos. A MP foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje. A partir de agora, o texto será apreciado por uma comissão mista de deputados e senadores, antes ir ao plenário das duas Casas.
“Agora é o momento do debate sobre quais são as propostas do Governo Federal para levar mais médicos à população. Tenho certeza absoluta que o Congresso Nacional vai ser sensível ao pedido da população, ao pedido de quem vive numa Unidade de Saúde sem médicos, às necessidades dos prefeitos e dos governadores e também aos anseios dos médicos”, ressaltou o ministro. A MP já foi encaminhada ao Congresso.
Durante a visita, Padilha aproveitou para explicar aos parlamentares detalhes da proposta, que visa levar médicos para regiões em que há carência de profissionais. “Nos últimos meses, participei de comissões da Câmara, do Senado, e debatemos amplamente este tema. Mostramos os dados sobre a falta de médicos no Brasil”, disse Padilha, que lembrou a ampliação dos investimentos em infraestrutura das unidades de saúde. “Temos unidades de saúde ficando prontas, temos unidades prontas hoje, onde só faltam os médicos para funcionar”.
Ao detalhar a MP, o ministro reforçou a relevância do programa para a melhoria da saúde do país. Segundo Padilha, a Medida Provisória expande e estabelece regras claras para a criação de novos cursos de Medicina nas regiões onde mais se precisa, para interiorizar a formação médica no país, e ainda cria uma oportunidade para os médicos brasileiros que quiserem ir para a periferia das grandes cidades e para os municípios do interior.
O Programa Mais Médicos foi lançado na segunda-feira (8) pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e pelos ministérios da Saúde e da Educação, Aloizio Mercadante. A iniciativa visa ampliar a presença destes profissionais nas regiões carentes do país e ofertará bolsa de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, aos médicos que atuarão na atenção básica da rede pública.
MARCHA DOS PREFEITOS – Padilha também anunciou recursos para construção, reforma e ampliação de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo país. O anúncio ocorreu durante a XVI Marcha dos Prefeitos, que está sendo realizada desta terça-feira (9) até quinta-feira (11), em Brasília.
O anúncio do ministro engloba investimento de R$ 4,9 bilhões para construção e melhorias em 17,8 mil UBS no Brasil. Desse total, 8.470 unidades já foram selecionadas, com recurso previsto de R$ 2,5 bilhões. A portaria com as obras selecionadas será publicada nos próximos dias pelo Ministério da Saúde. Todo prefeito ou secretário municipal de Saúde pode solicitar ao ministério este recurso. No ministério, está à disposição uma sala para atender prefeitos e secretários municipais, esclarecer dúvidas em relação a esses recursos. Ainda há estandes montados no XIX Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, que é realizado também em Brasília.
Além das UBS já selecionadas, outras 15.977 estão com as obras de construção ou reforma em execução. Para essas unidades, o Ministério da Saúde está investindo R$ 2,8 bilhões. São recursos para obras e equipamentos. Na Marcha dos Prefeitos, o ministro ressaltou a importância do Programa Mais Médicos para a população do interior do País, em boa parte dela representada no evento.  Após a abertura, Padilha ouviu solicitações e sugestões dos gestores municipais ali presentes.
A Marcha dos Prefeitos conta com a presença de mais de 5 mil participantes: prefeitos, secretários municipais, vereadores, senadores, governadores, parlamentares estaduais e federais, ministros. No evento, são discutidas questões que influenciam o dia a dia dos municípios.
UBS –Unidades Básicas de Saúde (UBS) são locais onde o cidadão pode receber atendimentos básicos e gratuitos em Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. Os principais serviços oferecidos pelas UBS são consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica. Hoje há 39,3 mil UBS no Brasil.
Fonte: Silvia Cavichioli e Zeca Moreira, da Agência Saúde.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

QUEREMOS MAIS MÉDICOS HUMANISTAS: 2 ANOS NO SUS LHES DARÃO UMA EXCELENTE BASE PARA ISSO

nota da blogueira ao final do texto


ATENÇÃO BÁSICA

Programa Mais Médicos levará profissionais a regiões carentes

Presidenta Dilma Rousseff lança ação para ampliar capacidade de atendimento da atenção básica nas periferias de grandes cidades e nos municípios de interior
O Governo Federal lança nesta segunda-feira (8) o programa Mais Médicos, que ampliará a presença destes profissionais em regiões carentes como os municípios do interior e as periferias das grandes cidades. Instituído por medida provisória assinada pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, e regulamentado por portaria conjunta dos ministérios da Saúde e da Educação, o programa ofertará bolsa federal de R$ 10 mil a médicos que atuarão na atenção básica da rede pública de saúde, sob a supervisão de instituições públicas de ensino.
“Talvez o maior desafio de todos é suprir a rede de saúde com profissionais em quantidade suficiente para atender com qualidade toda população. Não apenas aos que têm a sorte de morar perto de hospitais públicos de referência, UPAs 24 horas ou de pagar pelo seu atendimento. Mas atender também os que vivem nas periferias mais desassistidas, aos que moram nas cidade pequenas, nas cidades médias, aos que moram em todas as regiões”, afirma a presidenta Dilma Rousseff.  Segundo ela, o principal objetivo do programa é levar mais saúde para o interior do Brasil e regiões de maior desigualdade e, ao mesmo tempo, investir em infraestrutura. “Podemos erguer os hospitais mais equipados, mas será inútil sem bons médicos, bons enfermeiros e bons gestores”.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou a urgência da medida, que atende ao pedido de todos os prefeitos. “Sabemos que um médico faz diferença ao lado da população. Os municípios não podem ficar esperando seis, sete ou oito anos para que possamos levar médicos para a população brasileira. A única ideologia que devemos ter é salvar vidas e proteger pessoas”, disse. O ministro da Educação, Aloísio Mercadante, acrescenta que a contratação de médicos vem acompanhada de ações para ampliar as vagas de graduação em medicina e residência: “teremos um salto de 10% na oferta de vagas de graduação até 2017”.
As medidas integram o Pacto pela Saúde, lançado pela presidenta Dilma em reunião com governadores e prefeitos de capitais no último dia 24, que prevê a expansão e a aceleração de investimentos por mais e melhores hospitais e unidades de saúde e por mais médicos, totalizando R$ 15 bilhões até 2014. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção, reforma e ampliação de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 15.977 unidades básicas. Os outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões na construção de 14 novos hospitais universitários.
Para selecionar e levar os profissionais a estas regiões, serão lançados três editais: um para atração de médicos; outro para adesão dos municípios que desejam recebê-los; e um último para selecionar as instituições supervisoras.
No caso dos médicos, será aceita a participação de médicos formados no Brasil e também a de graduados em outros países, que só serão chamados a ocupar os postos não preenchidos pelos brasileiros. Dentro deste grupo, a prioridade será para os brasileiros que fizeram faculdade no exterior.
Só poderão participar estrangeiros egressos de faculdades de Medicina com tempo de formação equivalente ao brasileiro, com conhecimentos em Língua Portuguesa, com autorização para livre exercício da Medicina em seu país de origem e vindos de países onde a proporção de médicos para cada grupo de mil habitantes é superior à brasileira, hoje de 1,8 médicos/1 mil habitantes. Todos os profissionais vindos de outros países cursarão especialização em Atenção Básica e serão acompanhados por uma instituição de ensino.
Já para os municípios, será preciso oferecer moradia e alimentação dos médicos, além de ter de acessar recursos do Ministério da Saúde para construção, reforma e ampliação das unidades básicas. Em todo o Brasil, os investimentos federais só na qualificação destes equipamentos de saúde somam R$ 2,8 bilhões.
A quantidade de vagas disponíveis só será conhecida a partir da demanda apresentada pelos municípios. Todas as prefeituras poderão se inscrever no programa, mas o foco recai sobre 1.582 áreas prioritárias, em municípios de grande vulnerabilidade sendo 1.290 municípios de alta vulnerabilidade social, 201 cidades de regiões metropolitanas, 66 cidades com mais de 80 mil habitantes de baixa receita pública per capita e 25 distritos de saúde indígena.
DIAGNÓSTICO– O programa Mais Médicos é um estímulo para a ida destes profissionais para os municípios do interior e para as periferias das grandes cidades, onde é maior a carência por este serviço. O Brasil tem oferta desta mão-de-obra menor que países como Argentina, México, Inglaterra, Portugal e Espanha.
Do ponto de vista regional, a situação é mais crítica: 22 estados estão abaixo da média nacional, sendo que cinco têm menos de um médico para cada grupo de mil habitantes. Em 1.900 cidades, a proporção é menor que um médico para cada três mil pessoas, e outras 700 não têm nenhum médico permanente. Mesmo os estados de média mais elevada sofrem com desníveis regionais, marcados pela concentração nos grandes centros urbanos e carência nas periferias.
AÇÃO TEMPORÁRIA– Com a MP assinada nesta segunda, é expandida a possibilidade de concessão de registros temporários para o exercício da Medicina por estrangeiros, que ocuparão as vagas remanescentes após o chamamento dos médicos brasileiros.
Por um período de três anos, estes profissionais vão atuar exclusivamente na atenção básica e apenas nos postos a que forem designados no âmbito do programa. Durante este prazo, contarão com supervisão de médicos brasileiros e orientação de instituições públicas de ensino e terão de desempenhar jornada de trabalho de 40 horas semanais. A manutenção do visto e do registro temporário dependem do cumprimento destas regras.
Ao optar pelo registro temporário, não será preciso conceder o direito ao pleno exercício da medicina por meio do Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos), que, se aplicado, daria ao estrangeiro a permissão para atuar em qualquer parte do País. Esta hipótese, além de significar aumento da disputa de mercado com os brasileiros, não atenderia ao objetivo do Governo Federal de preencher postos de trabalho hoje ociosos em regiões carentes.
Outra medida para mensurar a qualidade da formação dos estrangeiros é a obrigatoriedade de que eles participem de módulo especial de treinamento e avaliação, com duração de três semanas, em uma universidade pública federal participante do programa, logo após a chegada ao Brasil. Durante esta etapa, professores universitários avaliarão a capacidade destes profissionais. Sendo aprovado, o profissional estará apto a iniciar as atividades no município.
 VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL

Cursos de Medicina terão mais vagas e segundo ciclo

Ministério da Educação projeta abrir 11.447novos postos de graduação até 2017; curso terá nova etapa para qualificar a formação dos profissionais
Os alunos que ingressarem nos cursos de Medicina, tanto em faculdades públicas quanto privadas, a partir de janeiro de 2015 terão novo período de formação, com a inclusão de um ciclo de dois anos para atuação na atenção básica e nos serviços de urgência e emergência da rede pública de saúde. 
A mudança está prevista na medida provisória (MP) que institui o programa Mais Médicos, lançado nesta segunda-feira (8) pela presidenta Dilma Rousseff e pelos ministros da Educação, Aloízio Mercadante, e da Saúde, Alexandre Padilha. Caberá ao Conselho Nacional de Educação regulamentar a decisão e definir as diretrizes do segundo ciclo.
“O pacto que hoje estamos consolidando, talvez seja o mais essencial. Trata-se de um pacto pela vida, pela saúde de todos os brasileiros, em especial dos mais pobres, daqueles que mais precisam. (...)O Brasil precisa de médicos para diferentes atendimentos, exigências e circunstâncias, precisa de médicos que atuam na atenção básica, que se dediquem a medicina que cura e que previne”, destaca a presidenta Dilma Rousseff.
Sobre a inclusão de um novo ciclo no curso de medicina, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressalta que outros países fizeram essa mudança e passaram a ofertar estágio remunerado depois da formação. “É uma forma de aprimorar a formação do profissional. Um médico, antes de mais nada, tem de ser especialista em gente. Daremos oportunidade deles atuarem junto à população e desenvolverem habilidade no cuidado integral das pessoas. E isso terá um impacto muito importante na saúde brasileira”, afirma Padilha. “Essa adaptação da graduação permitirá uma formação mais humanizada e voltada à realidade. Os estudantes vão terminar a sua formação trabalhando no SUS, com direito a bolsa e contribuindo com o povo brasileiro”, destacou o ministro da Educação, Aloísio Mercadante.
Outra iniciativa que faz parte do programa Mais Médicos é a criação de mais 11.447 novas vagas de graduação em Medicina até 2017. Atualmente, o Brasil possui 18.212 vagas de graduação de Medicina. A expansão destes postos de ensino permitirá diminuir a carência de médicos, sobretudo nas regiões mais carentes. “Precisamos ampliar a oferta de formação especialmente no Norte e Nordeste do país. Vamos induzir essa nova oferta às áreas estratégicas por meio de editais públicos”, disse Mercadante.  A interiorização da formação será complementada com abertura de mais de 12 mil novas vagas de residência. “Sabemos que a oferta de graduação e residência é um fator importante para a fixação do médico. O conjunto das vagas tem de seguir única e exclusivamente a necessidade do nosso país”, pontua o ministro Padilha.
SEGUNDO CICLO- Durante o período adicional de experiência no Sistema Único de Saúde (SUS), os alunos, que permanecerão vinculados à faculdade e receberão bolsa custeada pelo Governo federal, terão uma autorização provisória para exercício da Medicina. Ao longo dos dois anos, o profissional terá de atuar em um serviço de atenção básica, que é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde, e em um serviço de urgência e emergência.
As instituições de ensino terão de oferecer acompanhamento e supervisão na atuação do aluno. Só após a aprovação nesta fase, a autorização será convertida em inscrição plena no Conselho Regional de Medicina. Como haverá recursos federais para garantir a supervisão do segundo ciclo, os estudantes de escolas particulares deverão isentos do pagamento de mensalidade.
Estes dois últimos anos do curso poderão ser aproveitados como uma das etapas da residência ou pós-graduação caso o profissional opte por uma opção de especialização do ramo da atenção básica. A medida contribuirá para fortalecer a política de educação permanente com a integração ensino-serviço, por meio da atuação das instituições de educação superior na supervisão acadêmica das atividades desenvolvidas pelos médicos.
AVANÇO NA FORMAÇÃO- A introdução do segundo ciclo vai representar aprimoramento da formação médica no Brasil, assegurando ao estudante de Medicina experiência profissional mais próxima dos pacientes. Além disso, com a alteração curricular, é esperada a entrada de 20,5 mil médicos na atenção básica em 2021.
O modelo da nova grade curricular é inspirado em países como Inglaterra e Suécia, onde os alunos precisam passar por um período de treinamento em serviço, com um registro provisório, para depois exercer a profissão com o registro definitivo. No Reino Unido, por exemplo, o programa de treinamento é projetado para dar experiência geral aos recém-formados, antes de escolher a área da medicina na qual deseja se especializar.
A introdução do segundo ciclo como medida não extinguirá o internato, realizado no quinto e no sexto anos do curso de Medicina, período no qual ele atua em diversas áreas da rede de saúde. A diferença é que, durante o ciclo do treinamento em serviço, o estudante de medicina terá de assumir gradativamente a responsabilidade de profissional, exercendo de fato procedimentos médicos em UBS e urgência e emergência.
MAIS ESPECIALISTAS – Além do incremento no número de faculdades de Medicina, os ministérios da Saúde e da Educação anunciaram, no último mês, a abertura de 12 mil novas vagas de residência médica até 2017 – dessas, quatro mil serão abertas até 2015. O objetivo é equiparar os postos de especialização à quantidade de formandos em medicina. Assim, estará garantida a todo médico a oportunidade de se especializar ao terminar a faculdade. Hoje, só há 0,73 vaga para cada formando em medicina – são 11.468 vagas de residência para 15 mil formandos em medicina.
O financiamento das novas vagas ficará a cargo do Ministério da Saúde, que vai custear as bolsas dos estudantes, de R$ 2.976,26, valor reajustado recentemente em 24,8% como forma de valorizar o residente brasileiro.
CAFÉ COM A PRESIDENTA

Dilma Rousseff fala sobre Programa Mais Médicos

Vagas que não forem preenchidas por médicos brasileiros serão ocupadas por médicos estrangeiros apenas em cidades com estrutura adequada, destacou a presidenta durante seu programa semanal de rádio 
O Mais Médicos, plano do governo federal que visa ampliar o número de médicos no País e qualificar sua formação, foi tema do programa de rádio Café com a Presidenta desta segunda-feira (8). Nesta edição, a presidenta da República, Dilma Rousseff, detalhou alguns pontos importantes do projeto que será lançado na tarde de hoje no Palácio do Planalto.
Segundo Dilma, só vão receber médicos as cidades que se comprometerem a acelerar os investimentos para garantir uma estrutura adequada aos profissionais de saúde. “O município que participar do Mais Médicos vai ter que assumir o compromisso de acelerar os investimentos na construção, na reforma, na ampliação das suas Unidades Básicas de Saúde, porque são nas UBS, enfim, nos postos de saúde, que os médicos vão trabalhar.  Um posto bem equipado é fundamental para que o médico tenha condições de fazer um bom atendimento a quem precisa”, explicou.
A presidenta lembrou que o pacto pela saúde firmado recentemente contempla a aceleração dos investimentos já contratados para melhorar a estrutura da rede pública do Brasil. Ao todo, foram investidos R$ 7,4 bilhões na construção, reforma e compra de equipamentos para postos de saúde, Unidades de Pronto Atendimento e hospitais. Para o ano que vem, estão previstos mais R$ 5,5 bilhões em novas unidades.
Dilma assegurou que somente após a distribuição dos médicos brasileiros é que será aberta a inscrição para médicos estrangeiros. Segundo ela, essa será uma medida emergencial para resolver o atual problema da falta de médicos no Brasil. “Quem precisa de atendimento médico não pode esperar e é por isso que estamos autorizando a vinda de médicos estrangeiros”, disse ela assegurando ainda que somente serão aceitos profissionais credenciados. “Trata-se de uma medida emergencial para resolver um problema sério e urgente. Ninguém precisa temer, eu jamais tiraria emprego de nossos profissionais ou arriscaria a saúde da população”, garantiu.
Segundo a presidenta, o pacto pela saúde tem foco central nas medidas estruturantes que irão resolver o problema também no longo prazo. Além das 2.400 novas vagas nos cursos de medicina, Dilma lembrou que serão abertas mais 11 mil vagas nos cursos de graduação e 12 mil vagas na residência médica para formar especialistas como pediatras, neurologistas e ortopedistas, e garantiu que até o final de 2014, serão mais 6 mil na graduação e mais 4 mil na residência médica, além da construção de 14 novos hospitais, com um investimento de R$ 2 bilhões até 2017. 

NOTA DA BLOGUEIRA:  Só tem uma explicação para a revolta dos médicos e estudantes de medicina. E a falta de compromisso com a profissão e com o atendimento de atenção à saúde básica. Quando há prevenção, não precisamos de recorrer aos equipamentos ultra-sofisticados para identificar doenças com precisão. O que queremos é mais médicos que façam uma consulta honesta, faça uma anamnese cuidadosa, que incentivem aos pacientes a se consultarem com a frequência necessária para evitarem doenças futuras.
Faço aqui uma denuncia que ocorre com quem é usuário de planos de saúde. Para uma consulta a espera é de no mínimo seis meses. Quando somos atendidos, a consulta dura de dez a quinze minutos. Se é um clínico geral e eles não identificam o diagnóstico é sempre o mesmo: virose. Tudo agora é virose. Porque eles não tem uma formação eficiente em saúde básica.
Outra coisa comum em médicos de planos de saúde, quando o assunto é especialidade, mandam as pessoas fazerem um mundo de exames, claro, nas clínicas dos quais são sócios e se for o caso, as pessoas nunca sabem se é o caso, encaminham para cirurgia para qual hospital? Para aquele que ele estabelece, onde geralmente é sócio ou coisa tem um convênio. Complicada a situação dos pacientes que desses médicos dependem.
Outra situação é que a secretária sempre pergunta: é convênio ou particular. Quando a resposta é convênio ou você entra na lista de espera ou paga uma taxa de diferença entre os dois. Então, se você denuncia o sujeito e a doença é grave, você fica na mão do dele.
Esse tratamento ao qual os médicos nos submetem é criminoso e muito difícil de provar. Pois, as denuncias nos CRMs geralmente são inócuas, como eu mesma pude constatar.
Então, se os planos de saúde não os pagam bem, se o SUS não é uma opção para eles, me pergunto porque fizeram medicina?
Não dá mais para tapar o sol com a peneira do que está acontecendo com a maioria dos médicos brasileiros. Eles não tem uma formação voltada para a saúde básica. Se as Faculdades não tem a intensão até agora de ter uma grade curricular com vistas a uma formação humanista e se eles em seu corporativismo atacam todos os programas de governo porque não querem se desencastelar, fez muito bem o governo em fazer o programa mais médicos, alterar a grade curricular por ciclos, como é feito na Inglaterra e Suécia, que tem um modelo de saúde pública parecido com o nosso, ou seja, saúde para todos, pois, antigamente só quem pagava previdência tinha direito.
Apoio todos os programas de governo voltados para a saúde de todos os brasileiros. Apoio a vinda de médicos estrangeiros para que supra do déficit de médicos que é visível hoje para qualquer um que queira se informar ou precisar dos serviços de saúde básica.
Hoje, na minha cidade, onde a saúde básica pública funciona muito bem e só tenho elogios para a equipe de saúde da família, desde a agente de saúde Juliana, passando pelas psicólogas, dentistas, até à minha médica de saúde da família, a Dra. Carolina, vejo que se aqui funciona, porque há vontade dos gestores de saúde que precederam o que agora está no cargo, do Ministério da Saúde, do Centro de Especialidades, das farmácias das USB e do CRE onde são fornecidos os remédios de alto custo de uso contínuo, pode funcionar em qualquer lugar do Brasil.
Recursos o Governo Federal tem, o que falta é vontade dos médicos em serem mais médicos e menos ambiciosos e corporativistas.
Queremos mais médicos humanistas!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

MÉDICOS CUBANOS E DE QUALQUER OUTRO PAÍS: A POPULAÇÃO DO INTERIOR POBRE LHES CHAMA!


Hoje, vi num jornal impresso, um artigo de Diego Paulino Galhardo, psicólogo, funcionário do IF-TO, falando acerca da discussão da vinda de médicos 6 mil médicos cubanos pelo Ministério da Saúde com vistas a atuação destes em regiões carentes desse profissional.
Diz que de pronto o CFM se posicionou contra.

Ele coloca que não tem simpatia nem ligação direta político-partidária e não é médico.
Então diz que expõe seu ponto de vista da forma mais imparcial que pode sobre o embate entre o Governo e o CFM:

"Médicos e estudantes de medicina criticam tal iniciativa do Governo. O que é compreensível, já que os mesmos fizeram investimentos em suas formações e tenham que zelar pelo seu campo mercadológico, uma vez que a vinda desses profissionais estrangeiros deixaria o campo da medicina mais competitivo e concorrido.
E quanto à parte que seria mais beneficiada, a sociedade civil, isto é, o interior pobre? O que as pessoas pensam sobre a vinda desses profissionais estrangeiros?
Entre as críticas contra essa iniciativa, destaca-se a falta de de condições e aparelhagem no local de trabalho, o que diminuiria o interesse do médico para trabalhar em tal local. Na Revista Forum li que: "os quase 13 mil médicos formados anualmente no Brasil não estão nem preparados, nem motivados para atender às populações dos grotões. E não estão porque não se habituaram à rotina da medicina preventiva e não aprenderam a atender sem as parafernálias tecnológicas de que se tornaram dependentes".
Outro ponto que chama atenção é a situação irregular dos estrangeiros que não têm seu diploma de graduação validados no Brasil. O índice de aprovação de estrangeiros nessa prova para validação é de 15%. Pergunto-me qual seria a porcentagem de aprovação se a mesma prova fosse aplicada para os graduados nas instituições brasileiras. No blog do Luis Nassif li que é muito estranho que os médicos cubanos terem alta taxa de aprovação em pouquíssimos passarem no Brasil. Outro número que chama atenção é o fato de mais de 10% dos médicos em atividade em Portugal seram estrangeiros. Na Inglaterra são 40%. No Brasil, esse número é menor que 1%."
No ranking de médicos a cada mil habitantes, o Brasil ocupa o 59º lugar, atrás de países como a própria Cuba (2º), Uruguai (15º), Azerbaijão (20º), Argentina (37º) e  Mongólia (45º).
No Tocantins, temos o cubano Pedro Cuellar, de quem só ouço elogios. Na ficção, numa passagem do livro da séria Dexter (Dexter - Design de um Assassino) em que ele está em um restaurante em Cuba, seu cunhado lhe diz "Este garçom, provavelmente tem PhD em Astrofísica". Qualidade técnica, Cuba tem.
Falando sobre o Governo, essa prática é mais voltada para a Saúde Pública, um movimento com fins eleitoreiros e/ ou uma tentativa de disfarçar sua própria incompetência (que não é exclusiva do Governo atual) em prover uma Saúde Pública de qualidade?
Sem delongas, acredito como válida essa iniciativa de importação, nem que seja a título de experiência."

NOTA DA BLOGUEIRA: A população pobre do interior anseia por médicos cubanos ou de qualquer outro lugar, que não sejam tecnocratas e tenham se habituado à rotina da medicina preventiva, que atendam à saúde básica sem precisar de todos os equipamentos modernos para exercer seu ofício de médico humanista. E agora falo por eles: CFM, nós queremos médicos estrangeiros! De que lado vocês estão? Dos benefícios dos centros de referência, ou da população que pede por médicos?

terça-feira, 21 de maio de 2013

FALTAM 26 MIL MÉDICOS, O MINISTRO TEM A SOLUÇÃO E O CFM QUER QUE A POPULAÇÃO ESPERE MAIS 8 ANOS?



Espanha e Brasil chegaram a um entendimento e fecham detalhes do acordo para enviar médicos a áreas periféricas do Norte e Nordeste. Ontem, uma delegação do governo brasileiro se reuniu em Genebra com os Ministérios da Saúde da Espanha, além do governo de Portugal - com o qual ainda não há nada definido. 

Em entrevista ao Estado, o ministro da Saúde,Alexandre Padilha, confirmou que os estrangeiros poderão atuar sem a revalidação do diploma - mas por, no máximo, três anos e sem o direito de se transferirem para locais como São Paulo. E há pressa em fechar o acordo. "Estamos sendo pressionados por prefeituras e Estados."

● Por que o Brasil quer buscar médicos no exterior?
Não pode ser um tabu no Brasil o debate sobre médicos estrangeiros. Outros países tem políticas de atração de profissionais. No nosso caso, será questão transitória. O principal foco é a formação de profissionais com vagas em universidades no interior e meios para incentivar que filhos de um trabalhador rural queiram cursar Medicina. Mas o ciclo de formação de um médico é de seis a oito anos. De outro lado, temos países como a Espanha que estão interessados. Há hoje na Espanha um desemprego que atinge 20 mil médicos. Não vamos ficar vendo essa oportunidade e não tentar atrair esses profissionais.

● Hoje (ontem), houve reunião com os governos da Espanha e Portugal. Quais os resultados?
Foram muito positivos. Já havíamos enviado uma missão à Espanha na semana passada, que percorreu regiões como a Catalunha e Andaluzia. Há um claro interesse por um intercâmbio. Houve entendimento e já estamos negociando um memorando entre os dois países. Estamos no caminho de um acordo e será rápido.

● Por que não se exigirá o Revalida (exame de habilidades) desses profissionais, como ocorre nos grandes centros?
Como eu disse, é uma questão transitória, por um período máximo de três anos. Nesse período, há até a possibilidade de que a crise na Espanha tenha sido superada e eles voltem. Há duas formas de atração de profissionais: a primeira é a validação do diploma. O problema nesse caso é que o profissional que tenha essa condição está livre para trabalhar em todo o Brasil. Com isso, não o podemos fixar em uma só região, podem atuar onde quiserem. O outro caso é a da autorização exclusiva, que seria um acordo para que certos profissionais possam atuar em regiões específicas e onde acreditamos que faltam médicos.

● Mas, afinal, quais serão os critérios para que médicos estrangeiros sigam para o Brasil?
Descartamos em primeiro lugar atrair médicos de países que têm uma taxa de médicos inferior ao Brasil, como no caso da Bolívia e outros países da região. Descarta-se também a aceitação de médico de universidades que não são reconhecidas pelos próprios países. A outra condição é que terão de atuar exclusivamente nas áreas designadas pelo Estado.

● E de quantos profissionais o Brasil precisa?
Nos últimos dez anos, abrimos vagas de primeiro trabalho para 140 mil médicos e formamos 90 mil. Para os próximos anos, os investimentos que farão os governos no Brasil abrirão vagas para mais 26 mil médicos. Hoje, temos uma média de médicos por habitante que está abaixo da média das Américas, dos países em desenvolvimento e é metade da taxa que existe em Portugal e Espanha. Prefeitos das áreas mais necessitadas ainda calculam que eles precisarão de 13 mil médicos nos próximos anos.


NOTA DA BLOGUEIRA: Há uma carência de 26 mil médicos e o CFM quer que a população espere mais? Esse conselho não pensa na população de médias e pequenas cidades e muito menos nas que moram em periferia. Sua luta é corporativista, ou seja, que tudo continue como está. Os médicos procurando os grandes centros de referência e que a população não atendidas por eles é que se exploda. O Ministro Padilha fez muito bem em colocar como condição para os médicos atuarem aqui na saúde básica, pois assim os estrangeiros também não entram na onda corporativistas e queiram ficar nos grandes centros como os brasileiros. Não é questão de ser meio médico. É questão da população ter um clínico geral que atenda suas necessidades básicas de saúde. A prevenção de doenças é muito melhor que depois ficarem correndo em busca de tratamento. A saúde básica é essencial pra qualquer ser humano.
Os médicos corporativistas deveriam ser mais humanistas e menos gananciosos.

Fonte:  O Estado de S. Paulo por Jamil Chade

quinta-feira, 18 de abril de 2013

MINISTÉRIO DA SAÚDE DISPONIBILIZA R$ 1,7 BILHÃO PARA PROGRAMA DE SAÚDE BÁSICA

Governo disponibiliza R$ 1,7 bilhão para programa de qualidade na saúde básica.

Valor será destinado a municípios que participam do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica

O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (Pmaq) vai receber recursos adicionais de R$1,7 bilhão destinados aos 5.213 municípios (93,6% do total) que participam do programa, anunciou nesta quinta-feira, em São Paulo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Os recursos são destinados às equipes médicas bem avaliadas.

 As equipes que tiverem uma boa avaliação no atendimento, com boa satisfação do usuário, o ministério pode até dobrar o recurso que passa para o município que passa para a equipe. Ou seja, é um incentivo financeiro que dobra o recurso [para as equipes que fazem atendimento em saúde básica do município, caso a equipe atenda bem à população - disse o ministro.

No Brasil, os municípios que aderiram ao programa têm 38.390 equipes de Atenção Básica (EAB), 27.159 equipes de Saúde Bucal (ESB), 3.802 núcleos de Atenção à Saúde da Família (Nasf) e 1.276 centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Todas poderão ser habilitadas para participar do programa e receber os recursos.

Com esse programa, damos a oportunidade para que cada prefeito cadastre suas equipes de médicos, enfermeiros, nutricionistas e outros profissionais de saúde, que são acompanhadas mensalmente pelo Ministério da Saúde e depois são avaliadas em parceria com as universidades locais - declarou.

De acordo com o ministério, as equipes de Atenção Básica, com conceito muito acima da média na avaliação externa, recebem adicional de R$ 8,5 mil por mês; conceito acima da média recebe um adicional de R$ 5,1 mil; e conceito mediano ou abaixo da média, recebe um adicional de R$ 1,7 mil. As equipes que não cumprirem os requisitos mínimos exigidos não receberão os recursos.