quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

EXAME DE CONSELHO REPROVA 60% DOS MÉDICOS COXINHAS RECÉM-FORMADOS

Exame de conselho reprova 60% dos médicos recém-formados
Desempenho em prova obrigatória em São Paulo foi pior em áreas como clínica e pediatria
Nota ruim não afeta obtenção de registro; índice de reprovados é maior entre alunos de faculdades privadas

Quase 60% dos 2.843 médicos recém-formados em São Paulo que prestaram o exame do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) foram reprovados.
Segundo o conselho, 1.684 (59,2%) acertaram menos de 60% da prova --o índice mínimo para aprovação.
A taxa de reprovação é maior do que a de 2012, ano em que a prova se tornou obrigatória e quando 54,5% dos médicos foram reprovados. A prova é aplicada desde 2005, mas não era obrigatória e tinha baixa adesão.
Apesar de ser requisito para obter a licença médica, a prova não tem caráter eliminatório. É preciso apenas comprovar a participação no exame para tirar o registro profissional, mesmo que o candidato seja reprovado.
"Infelizmente, o conselho ainda não pode negar o registro para quem não atinge o mínimo de 60% de acerto", diz Bráulio Luna Filho, diretor do Cremesp e coordenador do exame.
O pior desempenho ocorreu em áreas vitais, como pediatria e clínica médica (só 47,8% e 52% de acertos, respectivamente).
Os futuros médicos erraram questões básicas sobre diagnóstico e tratamento de problemas frequentes em prontos-socorros e postos de saúde, como pneumonia, tuberculose e hipertensão.
"É vergonhoso, um absurdo. A licença deveria ser dada apenas aos médicos que passaram", diz Luna Filho.
PARTICULARES
Os índices de reprovação são mais graves entre alunos de faculdades privadas: 1.942 dos 2.843 que prestaram a prova. Desses, 1.379 foram reprovados, um índice de 71%.
"No Brasil, é médico quem pode pagar uma mensalidade", afirma o coordenador.
Neste ano, o exame do Cremesp também foi realizado por 485 médicos formados em outros Estados, que pretendem fazer residência ou exercer a medicina em São Paulo. Desses, 350 foram reprovados --72,2%.
O conselho paulista, o único do país a realizar a avaliação, não revela o nome das escolas médicas com pior e melhor desempenho.
Em anos anteriores, o exame foi duramente criticado pela Abem (Associação Brasileira de Ensino Médico) e pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que defendem uma avaliação seriada do aluno (no 2º, 4º e 6º anos do curso), mas não apresentaram nenhuma proposta.
Países como o Reino Unido e o Canadá adotam uma avaliação externa periódica dos futuros médicos e toma para si a responsabilidade de aferir a competência deles antes que cheguem ao mercado.
João Ladislau Rosa, presidente do Cremesp, diz que, agora, o conselho deve prestar ajuda às universidades, indicando falhas na grade curricular e no sistema de avaliação das faculdades. "Mas ainda há certa resistência de algumas instituições."

NOTA DA BLOGUEIRA: Com esse índice de reprovação, fica caracterizado que os médicos brasileiros não estão capacitados para exercer a profissão. As entidades médicas não tem qualificação para criticar os colegas cubanos, que bem diferente dos brasileiros, tem em Cuba, um modelo de medicina humanista reconhecido não só nos países em que atuam fora da ilha, mas, pela OMS. 
A gritaria dos médicos brasileiros, depois de terem reconhecido a incapacidade dos colegas para atuarem em qualquer lugar do planeta, soa mesmo como reserva de mercado as críticas ao programa Mais Médicos.
Se eles não tem capacidade e nem querem atuar nos lugares mais remotos e periferia das grandes cidades, deveriam ter a decência de admitir suas falhas.

Por ARETHA YARAK e CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

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