quinta-feira, 27 de junho de 2013

AS DIFERENÇAS ENTRE O QUE QUEREM OS MÉDICOS E O MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A POPULAÇÃO DO NOSSO PAÍS


Tenho pensando muito sobre o que os médicos querem de verdade para a população brasileira. Busquei todas as informações necessárias, através de sites, páginas do facebook, declarações de médicos e do ministro para depois avaliar o que sinto sobre esse tema.

Mesmo sem ser da área técnica e viver em uma cidade onde o programa de saúde familiar funciona, o centro de especialidades também, então, vejo que a implantação de um SUS que funcione para todos, depende da vontade política dos gestores de saúde municipais e estaduais.

Minha cidade ficou em como a capital número um em saúde e educação de qualidade.

Voltando ao tema central, os médicos estão unidos numa campanha fora dos propósitos para um médico, que em tese, até pela escolha de sua carreira, deveria ter formação humanista.

Há grande concentração de médicos nos grandes centros de excelência e carência dos mesmos no interior e periferias das metrópoles do país.

Eu me pergunto todos os dias. Que tipo de formação tiveram esses médicos que bradam contra a contatação de médicos estrangeiros para que essa população desassistida.

Cheguei à várias conclusões. A primeira delas é de que as faculdades não estão preparando seus alunos para atenção em saúde básica. Ou seja, eles mesmos dizem que precisam de equipamentos modernos para que se sintam atraídos para atendimento à essa população.

Trocando em miúdos, pode-se oferecer milhões de reais para eles irem para o interior, que eles não vão. Eles me lembram os médicos estadunidenses, que só depois de uma bateria de exames é que concluem diagnósticos. 

Então, esses médicos são antes de tudo tecnocratas e entre eles e o humanismo há um abismo enorme no meio.

Bom, se eles não nos diagnosticam, que façamos nós o diagnóstico deles: tecnocratas, sem idealismo, capitalistas e corporativistas extremados.

Tecnocratas pelos motivos supra citados, sem idealismo porque estão pouco se importando para a população carente de atenção em saúde básica. Capitalistas, essa a parte mais cruel de todas elas, pois estão onde vêm possibilidade de enriquecer com mais facilidades, em seus consultórios ultramodernos, tendo os melhores hospitais e os mais bem equipados bem próximo deles. O foco desses médicos é a saúde individual e não a coletiva. E mais, estão bradando contra a contratação dos médicos estrangeiros por medo  da concorrência. Onde tem mais médicos, há mais saúde de qualidade, há prevenção em lugar de tratamentos de alto custo. E aí, o que acontece? A necessidade da população de se deslocarem para grandes centros desaparece e eles vão sobreviver de que?

Esse é o grande medo deles. Então se unem numa campanha de difamação de médicos estrangeiros querendo desqualificá-los quanto à sua competência porque aí continuam onde sempre estiveram. Do alto de sua arrogância encastelados dentro da corporação mais danosa à saúde pública: o Conselho Federal de Medicina e suas associações médicas de grandes negócios de saúde.


E onde se situa o Ministro Alexandre Padilha dentro desse quadro? Para quem não conhece sua trajetória de infectologista-humanista, largou São Paulo e foi para o interior do Pará para lá exercer a medicina dentre aqueles povos mais desassistidos: os índios e os campesinos. E a barreira de línguas tão propaladas pelos representantes da classe médicas, nunca o impediu de trabalhar com a diversidade delas junto aos povos indígenas. Essa é a grande diferença entre ele e outros tantos iguais à ele e àqueles que simplesmente se formaram em medicina e não nos dizem mais nada.

Se para o próprio Ministro, nem a distância, nem o equipamento adequado, nem a diversidade de línguas foram impedimento para atendimento de saúde básica para a população necessitada, não entendo qual a dificuldade deles em querer se qualificar através do PROVAB com bolsas de R$8.000,00 uma ajuda de custo substanciosa para seus deslocamentos para as áreas necessitadas de médicos.

O Ministério da Saúde abriu várias frentes de qualificação para a área médica, abrangendo enfermeiros e dentistas.

Eu tenho minhas dúvidas se o corporativismo deles os deixarão enxergar o que o pais precisa.



Entenda o programa MAIS MÉDICOS

Governo amplia formação de médicos especialistas

Serão abertas 12 mil vagas de especialização até 2017, igualando o número de vagas de especialização ao de postos na graduação
Uma série de medidas para ampliar o número de médicos e outros profissionais de saúde no país e qualificar sua formação foi lançada nesta terça-feira (25) pelo Governo Federal. Com o intuito de aumentar a quantidade de especialistas em áreas prioritárias ao Brasil e zerar o déficit da residência em relação ao número de formandos em medicina, serão criadas 12 mil vagas até 2017, das quais quatro mil nos próximos dois anos. Com a expansão, todo médico formado no Brasil terá acesso a uma vaga na residência.

Confira a apresentação do ministro
“O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação mapearam cada cidade do País com serviços credenciados ao SUS e se certificaram que existe estrutura para abrir 12 mil novas vagas, oferecendo oportunidade a todos os médicos que estão se formando”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Uma das novidades é a abertura de vagas nas instituições de ensino superior sem fins lucrativos, além das universidades públicas. Os hospitais também passarão a receber incentivo de R$ 100 milhões por ano para expandir a oferta. Hoje, só há 0,73 vaga para cada formando em medicina. São 11.468 vagas de residência para 15 mil formandos.
Esta é apenas uma das medidas dentro de um conjunto de estratégias que o Ministério da Saúde vem trabalhando para ofertar mais e melhores médicos à população brasileira. “Ontem a presidenta Dilma apresentou cinco pactos, e um deles é para a área da saúde. O que estamos anunciando hoje é uma parte das ações desse pacto”, esclareceu o ministro. “Se quisermos ter um sistema universal de saúde que garanta amplo acesso precisamos de mais e melhores hospitais, de orçamento crescente para a Saúde para contratação de profissionais e insumos, e precisamos de mais médicos, porque não se faz saúde sem médico”, completou.
Aliado ao investimento na formação, o Ministério da Saúde já tem contratados R$ 7,1 bilhões para construção, ampliação e reforma de unidades de saúde visando melhorar a qualidade do atendimento à população e reduzir o tempo de espera.
RESIDÊNCIA – O Ministério da Saúde vai custear bolsas aos estudantes no valor de R$ 2.350, por meio do Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas (Pro-Residência). Será priorizada a criação de vagas nas especialidades que o país mais precisa. Foram eleitas áreas prioritárias, tais como pediatria, psiquiatria, neurologia, radiologia e neurocirurgia. As novas vagas estarão abertas aos municípios ou região que tiverem mais de 50 mil habitantes, com o mínimo de 100 leitos hospitalares e 5 leitos por residente. Será feita análise de quais especialidades são mais necessárias em cada região.
As medidas serão acompanhadas de um incentivo anual de R$ 100 milhões em hospitais e unidades de saúde que expandirem programas de residência. Serão repassados R$ 200 mil por hospital pra aplicação em reforma e adequação de espaços e aquisição de material permanente (biblioteca, sala de estudo, entre outros); e entre R$ 3 mil a R$ 8 mil por mês (dependendo da região do país) por vaga criada, durante um ano para cada hospital que ampliar pelo menos 5 vagas de residência. Além disso, serão repassados recursos adicionais no valor de R$ 1 mil para unidades com mais de três programas de residência diferentes ou com modelo focado numa das redes do SUS: Viver sem Limites (pessoa com deficiência), Rede do Câncer, Rede Cegonha, SOS Emergência, Crack é Possível Vencer e Saúde indígena.
As regiões com maior incentivo serão Norte, Nordente e Centro-Oeste, que receberão R$ 7 mil por vaga criada. O Sul receberá R$ 5 mil e o Sudeste R$ 3 mil. As instituições públicas estaduais e municipais e hospitais privados sem fins lucrativos interessados nas novas vagas poderão se inscrever entre 1 de julho a 30 de setembro por meio do site www.saude.gov.br/sigresidencia/edital2013.
O Ministério da Saúde também vai ampliar o investimento na qualificação da formação dos estudantes de medicina na graduação. Estão previstos R$ 41,9 milhões na criação de novas bolsas para o Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde), que promove atividades práticas com graduandos junto à comunidade e em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Serão beneficiados com 3.456 estudantes. Ao todo, são investidos R$ 172 milhões por ano em todas as modalidades do PET-Saúde, que conta com 10.028 estudantes, 4.692 profissionais de serviço e 901 tutores.
ENFERMEIROS E DENTISTAS -Outros profissionais de Saúde, como enfermeiros e dentistas, também serão contemplados com novos incentivos do Ministério da Saúde. Até 2015, o ministério vai abrir mil novas vagas de residência multiprofissional, direcionada para todas as áreas da saúde além da medicina.
Outra medida é o lançamento, em julho, do edital do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) voltado para enfermeiros e dentistas, que devem atuar em municípios onde já trabalham médicos do Provab. Serão abertas vagas para 1.500 profissionais, 1.000 mil enfermeiros e 500 dentistas. Além de bolsa, eles terão acesso a um curso a distância de especialização com foco na Atenção Básica com duração de 12 meses. Os enfermeiros serão direcionados para o Programa Saúde na Escola em capitais, regiões metropolitanas e municípios com população superior a 100 mil habitantes. Os dentistas, por sua vez, serão alocados no Brasil Sorridente, em municípios com população rural e pobreza intermediária ou elevada.
PROVAB - Maior programa de interiorização de médicos já realizado no Brasil, o Provab oferta como atrativos aos médicos brasileiros a possibilidade de realizar um curso de especialização em Saúde da Família e o bônus de 10% na prova de residência médica. O Ministério da Saúde tem sido rigoroso no monitoramento da atuação dos médicos do Provab nos municípios. “Seremos rígidos em relação ao cumprimento da carga horário e com a presença na unidade de saúde. Quem não cumprir, será excluído do programa”, disse o ministro.
Dos 4.392 médicos que ingressaram na edição deste ano, 968 foram desligados do programa – 30% por descumprimento de regras do edital do programa, entre elas descumprimento da carga horária obrigatória. E 46% conseguiram aprovação na residência antes de concluírem o primeiro trimestre de participação.





MINISTÉRIO DA SAÚDE CRIA O PROSUS QUE JÁ ESTÁ NO CONGRESSO PARA VOTAÇÃO!


O Ministro Alexandre Padilha, avança em mais uma das soluções para que a saúde pública do Brasil seja para todos. Em maio deste ano, publiquei neste blog que o Ministério da Saúde estudava o caso das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos e sua dívida histórica de débitos tributários que se arrasta por décadas. No mesmo mês o Ministro disse que tinha a solução para esse impasse seria o Governo Federal absorver a dívida e trocá-la por mais atendimentos para a população.

Para fortalecer esses hospitais, responsáveis por 50% de atendimento prestados pelo SUS, o Ministério da Saúde criou o ProSUS. Este programa oferecerá a chance dos estabelecimentos trocarem a dívida por mais atendimentos para a população.

Além disso, o Ministério da Saúde pretende contratar novos hospitais filantrópicos para ampliar a capacidade de atendimento do SUS.

Ao aderir ao programa, os hospitais terão ainda o valor dos incentivos da tabela SUS dobrado, com adicional de 2 bilhões de reais nos repasses de 2014.

As entidades terão até dezembro de 2013 para aderir à proposta.

O Projeto de Lei foi enviado ao Congresso Nacional em caráter emergencial na sexta-feira dia 21/06.

Então nos resta cobrar aos parlamentares que votem esse projeto urgente! 

A saúde do Brasil é prioridade de todos brasileiros. 


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Pacto pela Saúde terá investimento na formação de médicos e outros profissionais de saúde


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta terça-feira (25) a abertura de 12 mil vagas em cursos de especialização e de residência médica em hospitais públicos e filantrópicos até 2017 e a contratação, ainda este ano, de médicos estrangeiros para trabalharem nas regiões que não despertam interesse nos profissionais brasileiros. A meta do governo é acabar com o déficit de médicos e assegurar vaga de residente a todo recém-formado em medicina.
Ao enumerar algumas das medidas que compõem o pacto da saúde, divulgado segunda-feira (24) pela presidenta Dilma Rousseff aos governadores, prefeitos e representantes da sociedade civil, o ministro Padilha relatou que “os ministérios da Saúde e da Educação mapearam cada cidade do País com serviços credenciados ao SUS e se certificaram de que existe demanda para novos cursos, já que, hoje, só há 0,73 vaga para cada formando em medicina – são 11.468 vagas de residência para 15 mil formandos ao ano.
Além dos R$ 7,1 bilhões já contratados para construção, ampliação e reforma de unidades de saúde, o governo vai destinar R$ 100 milhões para incentivar a expansão de programas de residência em hospitais e unidades de saúde. Serão 200 mil por hospital, para serem aplicados em reforma e adequação de espaços e aquisição de material permanente.
Para cada vaga de residência criada, a unidade de saúde também receberá entre R$ 3 mil e R$ 8 mil por mês, além de um adicional de R$ 1 mil para as que tiverem mais de três programas de residência diferentes ou focado em uma das redes do SUS: Viver sem limites (pessoas com deficiência), Rede do Câncer, Rede Cegonha, SOS Emergência, Crack É Possível Vencer e Saúde Indígena.
“Se quisermos ter um sistema universal de saúde que garanta amplo acesso precisamos de mais e melhores hospitais, de orçamento crescente para a Saúde, para contratação de profissionais e insumos, e precisamos de mais médicos, porque não se faz saúde sem médico”, completou o ministro.
Médicos estrangeiros vão atuar em áreas remotas ou periferias de regiões metropolitanas
Segundo o ministro da Saúde, até o final do ano, será publicado o edital para contratação de médicos estrangeiros para trabalharem nas cidades que não atraem profissionais brasileiros. Findo o contrato de três anos, regido pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), o médico estrangeiro poderá validar o diploma do país de origem e exercer a medicina em qualquer local do Brasil.
“Os médicos estrangeiros serão chamados para as vagas não preenchidas pelos médicos brasileiros, principalmente nas periferias das grandes cidades”, disse Padilha. O edital será publicado após os estados e municípios aderirem à proposta de contratação, o que deverá acontecer até o final deste ano.
Para o ministro da Saúde, a língua não é barreira, pois os contratados passarão por uma avaliação que será feita pelas instituições de ensino superior, observando-se a formação acadêmica e os antecedentes médicos do profissional no país de origem. “Mais de 400 municípios estão em situação crítica, sem um médico morando na cidade”, acentuou o ministro.
Residentes e estudantes de graduação receberão bolsas
O Ministério da Saúde vai custear bolsas aos estudantes, no valor de R$ 2.350, por meio do Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas (Pro-Residência). Será priorizada a criação de vagas nas especialidades de pediatria, psiquiatria, neurologia, radiologia e neurocirurgia.
As novas vagas estarão abertas aos municípios ou região que tiverem mais de 50 mil habitantes, com o mínimo de 100 leitos hospitalares e 5 leitos por residente. Será feita análise de quais especialidades são mais necessárias em cada região.
Estão previstos ainda R$ 41,9 milhões para a criação de novas bolsas no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), que promove atividades práticas com graduandos junto à comunidade e em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Serão beneficiados 3.456 estudantes. Ao todo, são investidos R$ 172 milhões por ano em todas as modalidades do PET-Saúde, que conta com 10.028 estudantes, 4.692 profissionais de serviço e 901 tutores.
Enfermeiros e dentistas também serão beneficiados com o Provab
Em julho, será lançado o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) voltado para enfermeiros e dentistas, que devem atuar em municípios onde já trabalham médicos do Provab. Serão abertas vagas para 1.500 profissionais, sendo 1.000 mil enfermeiros e 500 dentistas. Além de bolsa, eles terão acesso a um curso a distância de especialização com foco na Atenção Básica, com duração de 12 meses.
Os enfermeiros serão direcionados para o Programa Saúde na Escola em capitais, regiões metropolitanas e municípios com população superior a 100 mil habitantes. Os dentistas, por sua vez, serão alocados no Brasil Sorridente, em municípios com população rural e pobreza intermediária ou elevada. “O Provab é o maior programa de interiorização de médicos já realizado no Brasil”, destacou Padilha.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

DESMISTIFICANDO A POLÊMICA SOBRE A CAMPANHA DO MS


Ser feliz sendo prostituta é uma questão social. Uma campanha do MS tem obrigatoriedade de ser voltada para as questões de saúde/prevençao de doenças.

Queiram ou não os oposicionistas do Ministro Padilha, aqueles que teimam em dizer que ele é um preconceituoso que recua diante das pressões externas!

O Ministério da Saúde tem que se preocupar com o público alvo e se este será beneficiado por esclarecimentos de uma campanha para prevenção de doenças! 

A polêmica de alguns setores da sociedade que sequer sabe o que é viver nas ruas se prostituindo, não ajuda em nada à discussão sobre que saúde pública queremos para todas as mulheres.

As prostitutas tem o direito de ser felizes, de dispor do seu corpo como quiser e também tem o direito de ter sua saúde protegida pelo Estado.

Eu não vi em lugar algum uma discussão sobre a saúde delas. 






CAMPANHA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE: PROSTITUTA QUE SE CUIDA, USA SEMPRE CAMISINHA!

Campanha orienta prostitutas sobre DSTs e Aids

Peças foram elaboradas a partir de oficina com representantes do público-alvo
O Ministério da Saúde relança nesta quinta-feira (6) a campanha de redes sociais “Prostituta que se cuida usa sempre camisinha”, elaborada a partir de oficinas de comunicação comunitária realizadas com representantes deste público-alvo. As peças orientam as profissionais do sexo sobre a importância do uso do preservativo e as incentivam a buscar as unidades públicas de saúde em busca do item, gratuitamente.
A ação circulará nas redes sociais até 2 de julho, quando acontecerá um seminário sobre prostituição e prevenção às DST, promovido pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.  Além disso, serão impressos cartazes e flyers para distribuição em entidades parceiras e envio às coordenações estaduais de DST/Aids.
Os banners da ação foram produzidos a partir de uma Oficina de Comunicação em Saúde para Profissionais do Sexo, realizada entre os dias 11 e 14 de março de 2013, em João Pessoa (PB). Participaram da Oficina representantes de organizações não governamentais, associações e movimentos sociais que atuam junto a profissionais do sexo de todas as regiões do país, apoiando o enfrentamento às DST, aids e hepatites virais.
AÇÕES– Uma das ações para prevenção das DSTs/Aids junto às profissionais do sexo é a ampliação da distribuição de preservativos femininos. Só neste ano, serão distribuídas 20 milhões de unidades – volume que é 25% maior que o acumulado entre 1997 e 2012, de 16 milhões.
“É fundamental que grupos vulneráveis tenham conhecimento dos locais de distribuição da camisinha. A camisinha feminina permite que a mulher decida sobre o uso do preservativo, de modo que essa escolha não seja apenas do homem. É uma estratégia que faz parte da política brasileira de ampliar as opções de proteção às doenças sexualmente transmissíveis”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
O governo federal também está incentivando a testagem rápida nos estados e municípios, por meio da ação “Fique Sabendo” – estratégia de mobilização direcionada à ampliação do diagnóstico precoce de aids.  A meta é possibilitar às pessoas que vivem com HIV e não sabem disso, público estimado em 150 mil, façam o teste.  “O diagnóstico precoce, seguido do acesso a medicamentos antirretrovirais e do acompanhamento clínico adequado, são os grandes responsáveis pelo aumento da qualidade de vida dos portadores do HIV”, observa Barbosa.
Atento a isso, o Ministério da Saúde tem investido na ampliação do acesso à testagem. De 2005 - quando o teste rápido foi implementado no país - a 2012, houve aumento de 430% no número de testes ofertados (de 528 mil para 2,8 milhões). Com apenas uma gota de sangue, o resultado do teste sai em 30 minutos e a pessoa recebe aconselhamento antes e depois do exame.
O exame é 100% nacional desde 2008, produzido pela Biomanguinhos/Fiocruz e pela Universidade Federal do Espírito Santo. Nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs), a entrega do resultado é sigilosa e, caso o resultado final der positivo, a pessoa é encaminhada para tratamento nos serviços de referência.
O Fique Sabendo atua em duas frentes: em Unidades Básicas de Saúde, CTAs e ambulatórios ou em locais como praças, feiras e eventos específicos. Além da realização de testes rápidos, o serviço distribui insumos para prevenção, como camisinhas, gel lubrificante e material informativo sobre HIV/aids, DSTs e hepatites virais.
AVANÇOS– Desde 2011, o Ministério da Saúde tem ampliado o acesso ao tratamento antirretroviral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No período, foram incorporados novos medicamentos, como o maraviroque e a nevirapina para uso profilático para recém-nascidos expostos ao HIV.
No fim de 2012, quando houve revisão do consenso terapêutico, a oferta foi ampliada para proteger casais sorodiscordantes, ou seja, em que um é portador do vírus e o outro, não – quando este utiliza preventivamente o medicamento, as chances de transmissão do caem. Além disso, o novo esquema de tratamento antecipou a contagem viral mínima para início do tratamento antirretroviral.
Confira as peças da campanha:

quinta-feira, 6 de junho de 2013

MÉDICOS CUBANOS E DE QUALQUER OUTRO PAÍS: A POPULAÇÃO DO INTERIOR POBRE LHES CHAMA!


Hoje, vi num jornal impresso, um artigo de Diego Paulino Galhardo, psicólogo, funcionário do IF-TO, falando acerca da discussão da vinda de médicos 6 mil médicos cubanos pelo Ministério da Saúde com vistas a atuação destes em regiões carentes desse profissional.
Diz que de pronto o CFM se posicionou contra.

Ele coloca que não tem simpatia nem ligação direta político-partidária e não é médico.
Então diz que expõe seu ponto de vista da forma mais imparcial que pode sobre o embate entre o Governo e o CFM:

"Médicos e estudantes de medicina criticam tal iniciativa do Governo. O que é compreensível, já que os mesmos fizeram investimentos em suas formações e tenham que zelar pelo seu campo mercadológico, uma vez que a vinda desses profissionais estrangeiros deixaria o campo da medicina mais competitivo e concorrido.
E quanto à parte que seria mais beneficiada, a sociedade civil, isto é, o interior pobre? O que as pessoas pensam sobre a vinda desses profissionais estrangeiros?
Entre as críticas contra essa iniciativa, destaca-se a falta de de condições e aparelhagem no local de trabalho, o que diminuiria o interesse do médico para trabalhar em tal local. Na Revista Forum li que: "os quase 13 mil médicos formados anualmente no Brasil não estão nem preparados, nem motivados para atender às populações dos grotões. E não estão porque não se habituaram à rotina da medicina preventiva e não aprenderam a atender sem as parafernálias tecnológicas de que se tornaram dependentes".
Outro ponto que chama atenção é a situação irregular dos estrangeiros que não têm seu diploma de graduação validados no Brasil. O índice de aprovação de estrangeiros nessa prova para validação é de 15%. Pergunto-me qual seria a porcentagem de aprovação se a mesma prova fosse aplicada para os graduados nas instituições brasileiras. No blog do Luis Nassif li que é muito estranho que os médicos cubanos terem alta taxa de aprovação em pouquíssimos passarem no Brasil. Outro número que chama atenção é o fato de mais de 10% dos médicos em atividade em Portugal seram estrangeiros. Na Inglaterra são 40%. No Brasil, esse número é menor que 1%."
No ranking de médicos a cada mil habitantes, o Brasil ocupa o 59º lugar, atrás de países como a própria Cuba (2º), Uruguai (15º), Azerbaijão (20º), Argentina (37º) e  Mongólia (45º).
No Tocantins, temos o cubano Pedro Cuellar, de quem só ouço elogios. Na ficção, numa passagem do livro da séria Dexter (Dexter - Design de um Assassino) em que ele está em um restaurante em Cuba, seu cunhado lhe diz "Este garçom, provavelmente tem PhD em Astrofísica". Qualidade técnica, Cuba tem.
Falando sobre o Governo, essa prática é mais voltada para a Saúde Pública, um movimento com fins eleitoreiros e/ ou uma tentativa de disfarçar sua própria incompetência (que não é exclusiva do Governo atual) em prover uma Saúde Pública de qualidade?
Sem delongas, acredito como válida essa iniciativa de importação, nem que seja a título de experiência."

NOTA DA BLOGUEIRA: A população pobre do interior anseia por médicos cubanos ou de qualquer outro lugar, que não sejam tecnocratas e tenham se habituado à rotina da medicina preventiva, que atendam à saúde básica sem precisar de todos os equipamentos modernos para exercer seu ofício de médico humanista. E agora falo por eles: CFM, nós queremos médicos estrangeiros! De que lado vocês estão? Dos benefícios dos centros de referência, ou da população que pede por médicos?

segunda-feira, 3 de junho de 2013

DIRETOR DO HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS DIZ QUE É MAIS FÁCIL ACHAR OURO QUE MÉDICO ESPECIALISTA

"Está mais fácil achar ouro do que encontrar [médico] especialista." A afirmação é de Henrique Prata, diretor do Hospital de Câncer de Barretos --referência no tratamento público da doença--, que apoia "110%" a proposta do governo federal de facilitar a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil.
Defensor da ideia de trazer profissionais de outros países mesmo antes do plano do governo, Prata afirma que o próprio hospital administrado por ele no interior de São Paulo tem hoje um deficit de 70 médicos. As vagas não são preenchidas, segundo o diretor, por falta de gente no mercado.
"Não tem médico. Concordo 110% com essa visão do governo. Falta profissional no interior, e só assim [com a 'importação'] será possível resolver o problema. Nós não achamos [médicos], principalmente especialistas."
Gabo Morales-5.nov-2012/Folhapress
O diretor do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata, em evento ocorrido em São Paulo
O diretor do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata, em evento ocorrido em São Paulo
A medida é polêmica e já recebeu críticas de entidade como o CFM (Conselho Federal de Medicina), que diz que uma das principais causas para a falta de médicos no país são os baixos salários.
PORTUGAL E ESPANHA
Prata defende a qualidade dos colegas estrangeiros. Ele cita como exemplos os profissionais da saúde da Espanha e de Portugal.
"Eu conheço a maioria das faculdades [de medicina] de Portugal. Estão no nível de USP. Na Espanha, também. São países sérios. Estive observando os profissionais de lá. E o nível de formação deles é muito bom."
Em Barretos, Prata já tem hoje pesquisadores estrangeiros atuando no hospital. Em 2011, quando a entidade tinha um deficit de 38 oncologistas, ele disse à Folha que pensava em resolver o problema trazendo médicos de outros países.
Isso só não foi feito ainda, segundo Prata, por "questões burocráticas".
NA PRÁTICA
A situação, de acordo com o dirigente, é pior em regiões onde há menor concentração de profissionais. O Hospital de Câncer de Barretos tem um programa que faz atendimento de saúde no Norte e no Nordeste do país, por meio de carretas que percorrem essas regiões brasileiras.
"Lá, é uma tristeza", afirmou, referindo-se à falta de profissionais nas regiões por onde passam essas unidades móveis de atendimento.
"Esse problema você não supera do dia para a noite. A medida do governo é correta. Foi preciso muita coragem para mexer nesse vespeiro. Tem que ter firmeza."
Para o diretor, os opositores à ideia do governo são corporativistas.

NOTA DA BLOGUEIRA: Gostaria que o CFM explicasse porque um hospital referência, que está no interior há carência de médicos também! 
Eles virão com o mesmo discurso de sempre, corporativista e completamente distante da população que mais necessita de cuidados.
Com essa notícia não há desculpa para esses mercenários travestidos de médicos.
Eles são tudo, menos médicos comprometido com o atendimento dos excluídos do Brasil. O Governo Federal, age corretamente, buscando a solução imediata para todos os brasileiros, que é a importação de médicos compromissados no atendimento preventivo, que é Atenção em Saúde Básica, pois não podemos esperar mais. Com esse tipo de atendimento, podem ter certeza de que a fila de espera em Unidades de Saúde e Pronto-Socorros em todo o Brasil diminuirá, e em algum momento acabará. 


sábado, 1 de junho de 2013

PADILHA DEFENDE A CRIAÇÃO DE VAGAS PARA MÉDICOS ESTRANGEIROS E GARANTE QUE HAVERÁ SELEÇÃO CRITERIOSA


A saúde do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vai bem, mas sua situação política inspira cuidados e embala especulações. Celebrado nas redes sociais, onde despacha demandas a secretários e fala de dieta e exercícios, no mundo real o petista tem sido criticado pela ideia de trazer médicos estrangeiros para atuarem nos rincões do País. Não bastasse isso, o risco de uma nova epidemia da gripe H1N1 pode arranhar sua imagem no momento em que se cogita fortemente no meio político sua candidatura ao governo de São Paulo em 2014 – proposta defendida nos bastidores pelo ex-presidente Lula.
Em entrevista exclusiva à ISTOÉ, o infectologista que por anos liderou um núcleo de pesquisa da USP no interior do Pará defende a criação de vagas para médicos espanhóis, portugueses e cubanos e garante que haverá uma “seleção criteriosa” e incentivos justos para eles virem ao Brasil. “Queremos oferecer salários compatíveis. Na Espanha, um médico da atenção básica recebe três mil euros”, afirma. Sobre a pré-candidatura, Padilha mantém cautela. Diz que nunca conversou sobre eleições com Lula ou com a presidenta Dilma Rousseff e joga a bola para outro nome cotado para a disputa: “O candidato natural do PT ao governo de São Paulo é o ministro Aloizio Mercadante.”
Istoé – Há muita resistência à vinda de médicos estrangeiros, ainda que seja para atuarem no interior do País. Por que insistir nisso?
Alexandre Padilha – Porque não há saúde sem médicos. Constatamos uma carência de atendimento não só no interior ou nas regiões Norte e Nordeste, mas também nas periferias das cidades. Isso desmonta a tese que se consolidou no Brasil de que temos médicos demais. Não é verdade. Nosso país está muito atrás do resto do mundo.
Istoé – Quanto atrás?
Alexandre Padilha – Temos uma média de 1,9 médico por mil habitantes. Essa cifra está abaixo da de toda a América Latina e distante da média de países europeus, como Inglaterra, Espanha ou Portugal, que buscam oferecer um sistema de saúde universal e gratuito. A Argentina tem 3,2 profissionais de saúde por mil habitantes, enquanto Espanha e Portugal têm quase quatro. A Inglaterra, cujo sistema de saúde é uma referência mundial, tem média de 2,7 médicos por mil habitantes e quer chegar a 3,2 em 2020.
Istoé – Mas não há outra forma de atender a essa demanda?
Alexandre Padilha – Claro que sim, mas são iniciativas complementares. Um país do tamanho do Brasil não pode ter uma estratégia apenas. Desde a minha posse em 2011, eu coloquei esse problema. Fizemos um seminário internacional, temos debatido o tema com a comunidade acadêmica, as entidades médicas, os governos estaduais. Concluímos que é preciso haver uma mudança cultural da “Escola Médica” e estamos estimulando essa mudança.
Istoé – De que maneira?
Alexandre Padilha – Quem tem acesso a uma faculdade de medicina nos grandes centros urbanos não tem estímulo para ir para o interior ou para a periferia. Então o primeiro passo é levarmos a faculdade para a periferia. Assim, o aluno que estuda ali, que conhece aquela realidade mais do que ninguém, tem mais chances de se fixar naquela região e aplica ali seus conhecimentos. Em 2011, fizemos uma parceria com o Ministério da Educação e a Faculdade Santa Marcelina para abrir um curso de medicina na zona leste de São Paulo. Disponibilizamos para esse aluno o crédito do Fies, e se ele, uma vez formado, for trabalhar para o SUS nas áreas em que há demanda, poderá abater sua dívida e ainda receber um bom salário. Em geral, ele parcela o Fies em dez anos. Se trabalhar dez anos para o SUS, desconta a dívida e não paga nada. Se fizer a especialização em áreas consideradas de interesse do governo, como pediatria, ele ganha a bolsa de formação da residência e também não paga nada do Fies.
Istoé – Isso está sendo feito em outros lugares?
Alexandre Padilha – Sim, já abrimos mais de duas mil vagas de medicina com foco no interior e nas regiões metropolitanas. Podemos chegar a oito mil. Criamos o Provab, que tem como principal objetivo oferecer ao médico recém-formado a chance de passar um ano numa unidade de saúde da periferia ou do interior, com salário de R$ 8 mil e acompanhamento da universidade. Se o seu desempenho for aprovado e ele for bem avaliado pela comunidade, ganha 10% de pontuação na prova de residência. No primeiro ano, apenas 380 quiseram participar. Este ano, já foram quatro mil. É o maior programa desse tipo na história em nosso país. Além de preenchermos esse vazio, estamos formando médicos melhores, mais humanos e com mais experiência da realidade brasileira.
Istoé – De quanto é o déficit de médicos nessas regiões?
Alexandre Padilha – Os prefeitos nos entregaram um estudo que apontou déficit de 13 mil profissionais. Aliás, quem começou com essa história de médicos estrangeiros foram os prefeitos. Logo depois da posse, eles pediram à presidenta Dilma que considerasse o problema. Veja, já suprimos quatro mil vagas, mas restam nove mil. Também estamos estimulando a criação de carreiras regionais nos Estados, de forma que o médico que entra na atenção básica vá primeiro para um município distante, o que lhe rende pontuação para depois ir para um posto melhor. Hoje há mais de 300 municípios que não têm sequer um médico, mais de mil municípios que possuem menos de um médico por mil habitantes. Os prefeitos fazem leilão de médicos.
Istoé – Mas todas essas iniciativas demandam tempo. A formação de um médico leva seis, sete anos…
Alexandre Padilha – Exatamente por isso precisamos de uma solução de emergência. Vislumbramos uma oportunidade muito clara e concreta, por causa da crise econômica na Europa. O desemprego na Europa pode ser um estímulo para os médicos virem para cá. Além disso, queremos pagar salários compatíveis aos que eles ganham lá. Na Espanha, um médico de atenção básica ganha três mil euros. Além do salário, o período de trabalho aqui poderia significar formas de promoção na carreira dele em seu país. A ideia é que venham para atuar por um período específico e apenas em regiões e áreas predefinidas.
Istoé – Já há algum acordo? Com Cuba, por exemplo?
Alexandre Padilha – Nossa prioridade sempre foi Espanha e Portugal. Mas não há nenhum preconceito contra os cubanos. Não pode haver ideologização desse debate. Queremos médicos preparados e haverá uma avaliação. É preciso garantir que tenham boa formação e habilidade no português.
Istoé – Estamos vivendo um novo surto da gripe H1N1, a gripe suína, com foco principal em São Paulo, onde já foram confirmadas seis mortes. Com o inverno, a situação deve piorar. O que o sr. pretende fazer?
Alexandre Padilha – O ministério está vigilante com a gripe H1N1, mas preocupado com o inverno que começa. Conseguimos recuperar a meta nacional de vacinação. O Brasil é um dos poucos países do mundo que ofertam a vacina para todos os grupos prioritários recomendados pela OMS, e incorporamos dois novos grupos. Agora estamos reforçando o uso precoce do Tamiflu. Distribuímos em todo o País.
Istoé – Mas muita gente tem reclamado por não conseguir encontrar o medicamento.
Alexandre Padilha – Em São Paulo já há mais de 200 pontos de distribuição. Estamos com um estoque nacional suficiente para todo o País e temos reforçado com Estados e municípios para que o Tamiflu esteja em todas as prateleiras. Além disso, há um esforço para mudar a cultura que havia de não prescrição do Tamiflu, porque se pensava que ele poderia gerar resistência. A política agora é reforçar o uso precoce. Suspeitamos que um dos fatores para esses óbitos em São Paulo foi o uso tardio do Tamiflu, nas primeiras 48 horas. Tem que ser utilizado independentemente da confirmação laboratorial ou do surgimento de sintomas mais graves.
Istoé – O sr. acha que uma epidemia poderia contaminar sua candidatura para o governo do Estado em 2014?
Alexandre Padilha – Esse debate não existe. Estou no Ministério da Saúde, muito honrado com a missão, e só penso exclusivamente em melhorar a saúde da população. A preocupação que temos este ano é a mesma dos anos anteriores. Há a percepção de uma migração dos casos, por isso a forte parceria com o governo do Estado. Há uma parceria forte com o secretário de Saúde de São Paulo. A política, muito menos o debate eleitoral, não entra na parceria que estabelecemos com o governador Geraldo Alckmin. Como também não entra entre o governo e a prefeitura paulista.
Istoé – Comenta-se que seu nome é o preferido do ex-presidente Lula.
Alexandre Padilha – O ex-presidente Lula nunca tratou de candidatura ao governo de São Paulo comigo. A presidenta Dilma só trata comigo de temas da saúde, me cobra o tempo todo. Isso faz com que o meu foco esteja no Ministério da Saúde.
Istoé – Nas redes sociais, já há um movimento em apoio a sua candidatura.
Alexandre Padilha – Neste momento só penso no Ministério da Saúde. Os perfis, os comentários, as pessoas falam. É lógico que a gente ouve isso, mas entra por um ouvido e sai pelo outro.
Istoé - Almeja algum cargo mais político num segundo mandato da presidenta Dilma?
Alexandre Padilha – Quando assumi a Secretaria de Relações Institucionais, me falavam que eu era muito técnico para assumir um cargo político. Quando vim para o Ministério da Saúde, disseram que eu era muito político para assumir um cargo técnico. Quero dizer que estou muito animado aqui, e meu compromisso é ir até o momento que ela achar que devo ficar aqui.
Istoé - Como ministro o sr. tem mantido contato frequente com Aloizio Mercadante. Conversaram sobre 2014?
Alexandre Padilha – Nada sobre eleição. Não existe a possibilidade de sermos rivais em São Paulo. O Aloizio é o candidato natural ao governo de São Paulo. Sempre achei isso e continuo achando, que ele é o candidato natural do PT ao governo do Estado de São Paulo.

DENÚNCIA DO "PROFISSÃO REPORTER" MOSTRA A FALTA DE COMPROMISSO DOS GOVERNOS TUCANOS COM A SAÚDE


Quem assistiu ao "Profissão Repórter" do dia 28/05/2013 se deparou com as denúncias da falta de leitos em UTIs dizendo que isso afeta a vida dos brasileiros de forma dramática.

E afeta mesmo. Então me debrucei sobre a matéria para ver de que estados partiam as denúncias. Não me surpreendi que as situações mais dramáticas são oriundos de Alagoas, Pará e Paraná.

Esses estados estão com a situação tão caótica, que os pacientes que precisam de atendimento de alta complexidade, dificilmente conseguirão vagas, pois estão muito abaixo do número aconselhado pela OMS.

E o que mais me chamou atenção é que esses casos mais emblemáticos tem uma coisa em comum. São hospitais estaduais e os governadores são todos do PSDB.

Isso me levou a refletir sobre que programa de governo tem os tucanos. Já busquei em toda a blogosfera para ver se achava uma agenda mínima de programa e não há nada. Então o que falta à eles é projeto.

Que saúde os tucanos querem para a população mais carente? Até agora não vi nada nesse sentido nos programas do PSDB veiculados em rádio e TV. 

O que fazem os gestores de saúde desses governos tucanos? A meu ver, nada!!!

Não tem um projeto definido, não tem planejamento estratégico governamental a curto, médio e longo prazo.

Se não tem o básico que é o planejamento, como é que vão ter uma agenda mínima para a saúde?

Seria bom que os tucanos governassem mais para a população de seus estados e se preocupasse menos em fazer oposição, deixando de enviar projetos solicitando mais leitos em UTIs para que minimizem a situação dos pacientes que necessitam de atendimento de alto grau de complexidade, dando a eles o direito de ter um local adequado para os procedimentos necessários a cada caso.

Não me espanta em nada ver esses demagogos que só sabem fazer uma oposição meia boca, através de denuncismos sem fundamento, sem uma proposta decente de saúde para a população mais carente, criare um clima tal, que afeta diretamente a população de todos os estados que eles governam.

Eles deviam se preocupar menos em criticar as políticas econômicas do governo federal e mais com a saúde daqueles que lhes confiaram mandato de governador. Deveriam ser os primeiros a atender a solicitação que sempre vejo o Ministro Alexandre Padilha dizer em entrevistas que é a necessidade de que governos estaduais e municípios façam as parcerias necessárias para que as políticas públicas de saúde deem certo.

Não há como o Ministério da Saúde querer resolver a situação da saúde no Brasil de uma forma séria, com vários projetos em pauta, sem que haja comprometimento dos estados e municípios em implantá-los.

Fica a dica!