terça-feira, 12 de novembro de 2013

Padilha, Etienne (OPAS) e Roberto Ojeda, Ministro da Saúde Pública de Cuba visitam USB em Pernambuco


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhado da diretora da Organização Pan-Americana de Saúde(Opas), Carissa Etienne, e do ministro de Saúde Pública de Cuba, Roberto Ojeda, visitaram nesta segunda-feira (11) uma unidade de saúde beneficiada com profissional do Programa Mais Médicos no município de Jaboatão dos Guararapes (PE). A Unidade Básica de Saúde da Família Dois Carneiros Baixo I recebeu um dos 13 médicos cubanos que começam a trabalhar no município esta semana pelo programa. As autoridades acompanharam as atividades desenvolvidas pelo médico Nivaldo Rios Serrano junto aos pacientes na unidade. O intuito foi ver de perto o andamento do Mais Médicos, considerado pela Opas uma importante iniciativa para solucionar a falta de profissionais de saúde no país e alcançar a cobertura universal.
“Este é um posto novo, construído com recursos do Ministério da Saúde. Tinha dentista, enfermeiro, agente comunitário de saúde, mas não tinha equipe completa de médicos. Passa agora a ter equipe completa com médicos do Programa Mais Médicos”, disse o ministro Padilha. “Até março de 2014, vamos trazer pelo menos 700 médicos para Pernambuco, e terá um impacto muito importante na saúde do estado. Com o programa, vamos garantir que todo  município do semi-árido pernambucano tenha pelo menos um médico. A presença desse médico em unidades que já foram reformadas pelo ministério dará maior atendimento à população e vai ajudar que outras questões de infraestrutura sejam resolvidas”, declarou Padilha.
A escassez de recursos humanos em Saúde é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um problema mundial. O tema está sendo debatido entre mais de 30 países esta semana em Recife (PE) no III Forum Global de Recursos Humanos. O evento – que foi aberto neste domingo (10) com a presença dos ministros Padilha e Ojeda e da diretora da Opas, além de outras autoridades internacionais – debate soluções para ampliar o número de profissionais de saúde para alcançar a cobertura universal.
A Opas e o Ministério da Saúde de Cuba são parceiros do governo brasileiro no Programa Mais Médicos. Por meio de um termo firmado entre a organização e o Ministério da Saúde brasileiro, em 21 de agosto, o Brasil está trazendo ao país profissionais cubanos para as vagas que não foram preenchidas por brasileiros e estrangeiros de outras nacionalidades na seleção individual.
O estado de Pernambuco conta com 249 médicos do programa, sendo 53 brasileiros e 196 médicos estrangeiros, em 83 municípios. Atualmente, em todo o país, 3.664 profissionais participam do programa, sendo 819 brasileiros e 2.845 estrangeiros. Esses médicos estão atendendo a população de 1.098 municípios e 19 distritos indígenas, a maioria deles no Norte e Nordeste do país. Com a chegada até 14 de novembro de mais 3 mil médicos cubanos, o programa fechará 2013 com mais de 6.600 profissionais.
Infraestrutura – O Ministério da Saúde já investiu em Pernambuco R$ 117,4 milhões para obras em 824 unidades de saúde e R$ 5 milhões para compra de equipamentos para 166 unidades. Também foram aplicados R$ 24 milhões para construção de 15 UPAs e R$ 101,3 milhões para reforma e construção de 40 hospitais.
Em todo o país, o Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação desses estabelecimentos e saúde, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários
O programa – Lançado em 8 de julho pelo Governo Federal, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.
Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de instalação pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados. Como definido desde o lançamento, os brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos apontados e as vagas remanescentes são oferecidas aos estrangeiros.

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