Hoje, vi num jornal impresso, um artigo de Diego Paulino Galhardo, psicólogo, funcionário do IF-TO, falando acerca da discussão da vinda de médicos 6 mil médicos cubanos pelo Ministério da Saúde com vistas a atuação destes em regiões carentes desse profissional.
Diz que de pronto o CFM se posicionou contra.
Ele coloca que não tem simpatia nem ligação direta político-partidária e não é médico.
Então diz que expõe seu ponto de vista da forma mais imparcial que pode sobre o embate entre o Governo e o CFM:
"Médicos e estudantes de medicina criticam tal iniciativa do Governo. O que é compreensível, já que os mesmos fizeram investimentos em suas formações e tenham que zelar pelo seu campo mercadológico, uma vez que a vinda desses profissionais estrangeiros deixaria o campo da medicina mais competitivo e concorrido.
E quanto à parte que seria mais beneficiada, a sociedade civil, isto é, o interior pobre? O que as pessoas pensam sobre a vinda desses profissionais estrangeiros?
Entre as críticas contra essa iniciativa, destaca-se a falta de de condições e aparelhagem no local de trabalho, o que diminuiria o interesse do médico para trabalhar em tal local. Na Revista Forum li que: "os quase 13 mil médicos formados anualmente no Brasil não estão nem preparados, nem motivados para atender às populações dos grotões. E não estão porque não se habituaram à rotina da medicina preventiva e não aprenderam a atender sem as parafernálias tecnológicas de que se tornaram dependentes".
Outro ponto que chama atenção é a situação irregular dos estrangeiros que não têm seu diploma de graduação validados no Brasil. O índice de aprovação de estrangeiros nessa prova para validação é de 15%. Pergunto-me qual seria a porcentagem de aprovação se a mesma prova fosse aplicada para os graduados nas instituições brasileiras. No blog do Luis Nassif li que é muito estranho que os médicos cubanos terem alta taxa de aprovação em pouquíssimos passarem no Brasil. Outro número que chama atenção é o fato de mais de 10% dos médicos em atividade em Portugal seram estrangeiros. Na Inglaterra são 40%. No Brasil, esse número é menor que 1%."
No ranking de médicos a cada mil habitantes, o Brasil ocupa o 59º lugar, atrás de países como a própria Cuba (2º), Uruguai (15º), Azerbaijão (20º), Argentina (37º) e Mongólia (45º).
No Tocantins, temos o cubano Pedro Cuellar, de quem só ouço elogios. Na ficção, numa passagem do livro da séria Dexter (Dexter - Design de um Assassino) em que ele está em um restaurante em Cuba, seu cunhado lhe diz "Este garçom, provavelmente tem PhD em Astrofísica". Qualidade técnica, Cuba tem.
Falando sobre o Governo, essa prática é mais voltada para a Saúde Pública, um movimento com fins eleitoreiros e/ ou uma tentativa de disfarçar sua própria incompetência (que não é exclusiva do Governo atual) em prover uma Saúde Pública de qualidade?
Sem delongas, acredito como válida essa iniciativa de importação, nem que seja a título de experiência."
NOTA DA BLOGUEIRA: A população pobre do interior anseia por médicos cubanos ou de qualquer outro lugar, que não sejam tecnocratas e tenham se habituado à rotina da medicina preventiva, que atendam à saúde básica sem precisar de todos os equipamentos modernos para exercer seu ofício de médico humanista. E agora falo por eles: CFM, nós queremos médicos estrangeiros! De que lado vocês estão? Dos benefícios dos centros de referência, ou da população que pede por médicos?
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