segunda-feira, 3 de junho de 2013

DIRETOR DO HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS DIZ QUE É MAIS FÁCIL ACHAR OURO QUE MÉDICO ESPECIALISTA

"Está mais fácil achar ouro do que encontrar [médico] especialista." A afirmação é de Henrique Prata, diretor do Hospital de Câncer de Barretos --referência no tratamento público da doença--, que apoia "110%" a proposta do governo federal de facilitar a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil.
Defensor da ideia de trazer profissionais de outros países mesmo antes do plano do governo, Prata afirma que o próprio hospital administrado por ele no interior de São Paulo tem hoje um deficit de 70 médicos. As vagas não são preenchidas, segundo o diretor, por falta de gente no mercado.
"Não tem médico. Concordo 110% com essa visão do governo. Falta profissional no interior, e só assim [com a 'importação'] será possível resolver o problema. Nós não achamos [médicos], principalmente especialistas."
Gabo Morales-5.nov-2012/Folhapress
O diretor do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata, em evento ocorrido em São Paulo
O diretor do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata, em evento ocorrido em São Paulo
A medida é polêmica e já recebeu críticas de entidade como o CFM (Conselho Federal de Medicina), que diz que uma das principais causas para a falta de médicos no país são os baixos salários.
PORTUGAL E ESPANHA
Prata defende a qualidade dos colegas estrangeiros. Ele cita como exemplos os profissionais da saúde da Espanha e de Portugal.
"Eu conheço a maioria das faculdades [de medicina] de Portugal. Estão no nível de USP. Na Espanha, também. São países sérios. Estive observando os profissionais de lá. E o nível de formação deles é muito bom."
Em Barretos, Prata já tem hoje pesquisadores estrangeiros atuando no hospital. Em 2011, quando a entidade tinha um deficit de 38 oncologistas, ele disse à Folha que pensava em resolver o problema trazendo médicos de outros países.
Isso só não foi feito ainda, segundo Prata, por "questões burocráticas".
NA PRÁTICA
A situação, de acordo com o dirigente, é pior em regiões onde há menor concentração de profissionais. O Hospital de Câncer de Barretos tem um programa que faz atendimento de saúde no Norte e no Nordeste do país, por meio de carretas que percorrem essas regiões brasileiras.
"Lá, é uma tristeza", afirmou, referindo-se à falta de profissionais nas regiões por onde passam essas unidades móveis de atendimento.
"Esse problema você não supera do dia para a noite. A medida do governo é correta. Foi preciso muita coragem para mexer nesse vespeiro. Tem que ter firmeza."
Para o diretor, os opositores à ideia do governo são corporativistas.

NOTA DA BLOGUEIRA: Gostaria que o CFM explicasse porque um hospital referência, que está no interior há carência de médicos também! 
Eles virão com o mesmo discurso de sempre, corporativista e completamente distante da população que mais necessita de cuidados.
Com essa notícia não há desculpa para esses mercenários travestidos de médicos.
Eles são tudo, menos médicos comprometido com o atendimento dos excluídos do Brasil. O Governo Federal, age corretamente, buscando a solução imediata para todos os brasileiros, que é a importação de médicos compromissados no atendimento preventivo, que é Atenção em Saúde Básica, pois não podemos esperar mais. Com esse tipo de atendimento, podem ter certeza de que a fila de espera em Unidades de Saúde e Pronto-Socorros em todo o Brasil diminuirá, e em algum momento acabará. 


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