quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Mais Médicos: 1º mês de seleção aponta 1.753 profissionais para 626 municípios


Dos postos a serem ocupados, 51,3% estão em regiões carentesdo interior; o restante se situa nas periferias das capitais e das regiõesmetropolitanas
O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (1) alista de municípios selecionados para receberem profissionais brasileirosinscritos no Programa Mais Médicos. Na seleção do primeiro mês, foramselecionadas, em 626 municípios, 1.753 vagas. Destas, 51,3% estão em municípiosde maior vulnerabilidade social do interior e 48,6% nas periferias de capitaise regiões metropolitanas. Todas as regiões contempladas neste primeiro mês deseleção estão entre as prioritárias do programa.
 Os médicos comregistro válido no Brasil selecionados nesta fase têm até sábado (3) as 16horaspara homologar a participação no programa e assinar termo de compromisso,confirmando o interesse no município indicado. A lista final com profissionaise municípios que participarão desta primeira seleção será publicada nasegunda-feira (5) no site do Ministério da Saúde. A próxima chamada de médicose municípios começa no dia 15 de agosto.
 “Estamos muitosatisfeitos com esses profissionais que demonstraram interesse de atuar nasregiões mais carentes do Brasil, mas sabemos que ainda temos uma grande demandapara atender. Com o Mais Médicos, confirmamos que faltam muitos profissionaisno interior do país e nas periferias de grandes cidades. Nesta primeiraseleção, focada nos brasileiros, ainda ficamos com um déficit de 13.647 vagas”,destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Dos 1.753 profissionais selecionados, 74% foram direcionadospara sua primeira opção entre os seis municípios que poderia escolher por ordemde prioridade. Outros 232 ficaram com a segunda opção e os demais entre aterceira e quinta.
Ao todo, 2.379 médicos com diploma brasileiro fizeram aescolha dos municípios de preferência para atuar pelo programa. Destes, 507 quenão foram alocados em suas escolhas por indisponibilidade de vagas poderãoajustar suas opções, confirmando-as até segunda-feira (5).
Os demais 119 que, descumprindo as regras do edital, nãoapontaram seis possibilidades de municípios para trabalhar, só poderão retomara participação na segunda semana mensal. Os dados foram cruzados peloMinistério da Saúde para fechar a lista dos municípios que seriam atendidos noprimeiro mês de seleção.
DEMANDA – Como o primeiro mês de seleção teve demandaapontada por 15.460 médicos em 3.511 municípios, este resultado deve preencherapenas 11% desta expectativa, deixando 13.707 postos ociosos em 2.885 cidades.
Para garantir que o Mais Médicos ampliará o atendimento àpopulação, os profissionais que participarão do programa só poderão serinseridos em novas equipes de atenção básica ou naquelas em que há falta demédicos. O Ministério da Saúde, com base nos dados de 12 de julho do CadastroNacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), bloqueará o CPF do médico doprograma, impedindo a inserção dele em equipes que já possuem médicos. O gestormunicipal deve registrar as novas equipes em até 60 dias após a chegada doprofissional.
“O Mais Médicos foi criado com o objetivo de ampliar oatendimento à população na atenção básica e, com essa ação, estamos garantindoque o profissional será alocado exatamente nas regiões onde faltam médicos”,disse Padilha.
SELEÇÃO – Dos 626 municípios selecionados nesta primeiraetapa, 375 estão em regiões com 20% ou mais de sua população em situação deextrema pobreza, 159 em regiões metropolitanas, 68 estão em um grupo de 100cidades com mais de 80 mil habitantes de maior vulnerabilidade social e 24 sãocapitais. Na distribuição dos profissionais foram atendidos ainda 23 distritossanitários indígenas.
Os municípios da região Nordeste foram contemplados com omaior número de médicos, com um total de 619 profissionais direcionados a 300cidades e 1 DSEI. Em segundo lugar, vem o Sudeste, com 460 dos médicos paraatender 122 municípios. Em seguida vem a região Sul, com 244 médicos em 90municípios. A região Norte vai receber 250 médicos em 74 municípios e 17 DSEIs;e Centro-Oeste, com 180 médicos em 40 municípios e 5 DSEIs.
Os estados que receberão mais médicos serão Bahia (161),Minas Gerais (159), São Paulo (141), Ceará (138), Goiás (117), Rio Grande doSul (107) e Amazonas (73).
ESTRANGEIROS – Como definido desde o lançamento do MaisMédicos, os brasileiros têm prioridade no preenchimentos dos postos apontados.Os remanescentes serão oferecidos primeiramente aos brasileiros graduados noexterior e em seguida aos estrangeiros.
A partir de terça-feira (6) até dia 8, os médicos que seformaram no exterior e finalizaram o cadastro no programa poderão selecionar osmunicípios com vagas não ocupadas por brasileiros. No dia 9, será publicada alista dos municípios que receberão médicos estrangeiros.
Os médicos do programa – tanto brasileiros quantoestrangeiros – devem começar a atuar nos municípios em setembro. Todos osprofissionais formados no exterior serão avaliados e supervisionados poruniversidades federais, de todas as regiões do país, que se inscreveram nestaprimeira etapa do programa.
O PROGRAMA - Lançado pela Presidenta da República, DilmaRousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto demelhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivode acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades desaúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país, como osmunicípios do interior e as periferias das grandes cidades.
Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil,paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização emAtenção Básica durante os três anos do programa.
O Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhõesna expansão e na melhora da rede pública de saúde de todo o Brasil. Destemontante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais,601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas.Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação deunidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.

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