quinta-feira, 9 de maio de 2013

O QUE FAZER QUANDO A CRIANÇA NÃO TEM VONTADE DE COMER?


Uma queixa comum nos consultórios pediátricos é a recusa de comer das crianças. A ''fome'' das crianças e adolescentes depende da fase do crescimento em que se encontram. Os lactentes e adolescentes, por terem velocidade de crescimento aumentada, têm grande necessidade de nutrientes e apresentam, em geral, bom apetite. Essa velocidade diminui nas outras fases da vida, diminuindo assim as necessidades calóricas diárias. Por isso, a criança fica satisfeita com menor quantidade de alimentos, de acordo com a sua individualidade.



A alimentação da criança deve ser uma atividade prazerosa, sem repreensões, respeitando o seu apetite, não forçando a ingestão de mais do que ela suporta, ou de provar alimentos que não queira. Não se deve utilizar brinquedos ou TV no horário das refeições e barganhar a sobremesa ou o que a criança gosta em troca de determinados alimentos.



Em geral, se a criança está crescendo e ganhando peso adequadamente, provavelmente, não há com o que se preocupar. Por isso, a necessidade de um acompanhamento de rotina com o pediatra. O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria estabeleceram, para crianças menores de dois anos, 10 passos para uma alimentação saudável: 


1 - Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás;

2 - A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta outros alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos ou mais; 

3 - Após os 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, carnes, leguminosas, frutas), 3 vezes ao dia, se a criança receber leite materno; e 5 vezes ao dia se estiver desmamada; 

4 - A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando a vontade da criança; 

5 - A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher, começar com consistência pastosa e aumentar a consistência até chegar à alimentação da família; 

6 - Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia; 

7 - Estimular o consumo de frutas, verduras e legumes; 

8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes e outras guloseimas nos primeiros meses de vida; sal com moderação; 

9 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos, assim como a conservação; 

10 - Estimular a criança doente a se alimentar, oferecendo a alimentação habitual e respeitando sua aceitação.


Gina B. Schiavon, pediatra


Foto: Elite Black
Fonte: http://www.bonde.com.br

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